RESPM 123 2022

INTERNACIONALIZAÇÃO REVISTA DA ESPM | EDIÇÃO 123 | 2022 98 A internacionalização do ensino superior não é algo novo, porém tem mudado sua natureza ao longo da última década. O cenário que tínhamos até então era o de buscar ofertar omaior número possível de possibilidades e destinos para que os estudantes brasileiros pudessemter alguma experiência internacional. Por conta disto, as InstituiçõesdeEnsinoSuperior (IES) tratavamdeassinar omaior número possível de acordos internacionais, objetivando apresentar ao mercado a maior diversidade possível. Atualmente, percebemos que existem ofertas internacionais combaixa qualidade e que umgrande número de parcerias não é necessariamente omelhor caminho. Diante deste cenário, começamos a rever nossas parcerias, buscando algomais. É nestemomento que a quantidade perde relevância e passamos a nos preocupar mais com a qualidade. Em função desta mudança na forma de entender as parcerias internacionais e seu papel, começamos a repensar nossas parcerias e o que elas efetivamente deveriam oferecer a nossos estudantes. Ao pensarmos na experiência do estudante de uma formamais ampla, entendemos que os programas disponíveis precisavam ir alémde um conjunto de disciplinas. Atualmente, a internacionalização é um dos pilares estratégicosdaEscola e, comodeve ser, não se limita apenas àmobilidade de estudantes, mas tambémde professores epesquisadores. Por contadisso, foramconcebidos outros projetos internacionais, como Internacionalização emCasa (internationalization at home), Acreditações Internacionais, Aprendizagem Colaborativa Internacional e demais iniciativas que mantêm o diferencial da Escola com a qualidade acadêmica já reconhecida. A internacionalização da ESPM Tratando-se especificamente de parcerias internacionais, a Escola passou por um processo de análise de acordos, nomeado “qualidade das quantidades”, o que levou à redução no número de contratos firmados para se consolidar e aprofundar relacionamentos apenas com parceirosmais estratégicos para aEscola e que ofereçam oportunidades de experiências diferenciadas. NaESPMdesenvolvemoso real sentidode intercâmbio acadêmicoeminstituiçõesdeensino, o ExchangeProgram, que é basicamente a troca de estudantes, professores, pesquisadores, realização de projetos e troca de conhecimentos em geral. Na ESPMrecebemos aproximadamente 200 estudantes estrangeiros por ano. Deste total, 25% são estudantes que permanecem de um semestre a um ano. E, em contrapartida, a ESPM envia aproximadamente 200 estudantes anualmente entre programas de curta e longa duração. As parcerias internacionais mantidas e as novas aquisições foram instituições que se destacaram em ambiente internacional, em inovação, e trabalharam continuamente com a ESPM para desenvolver programas conjuntos, como duplas certificações, módulos internacionais, projetos de pesquisa conjuntos e novas opções de Exchange Program. As Duplas Certificações são programas em que os estudantes recebem o Diploma da ESPM e a Certificação da Instituição Parceira Internacional, reconhecida emseus países de origem. As instituições parceiras costumam ser triplamente acreditadas (AACSB, EQUIS e AMBA). Os principais parceiros nessamodalidade são: IÉSEGBusiness School (Paris e Lille — França) — Bachelor eMaster; Rennes Business School (Rennes e Paris — França) —Bachelor eMaster; e EADA (Barcelona — Espanha) —Master. Os programas de Exchange oferecema possibilidade de cursar disciplinas diferenciadas durante umsemestre, e os estudantes podemescolher os cursos nos quais desejamsematricular, de áreas afins ou complementares ao seu curso de origem. As principais parceiras mantidas para esses programas são instituições com alto reconhecimento internacional, boa infraestrutura e acolhimento de estrangeiros, a maioria delas localizada na Europa, o que permite maior mobilidade cultural para visitar diferentes países durante o intercâmbio: Heilbronn University (Hochschule Heilbronn − Alemanha), BTBU — Beijing Technology and Business University (China), IE University (Santander — Espanha), UAB − Universidade Autônoma de Barcelona (Espanha), INSEEC Business School (Europa e EUA), ZUYD University of Applied Sciences (Heerlen, Sittard e Maastricht), IULM − Libera Università di Lingue e Comunicazione (Milão — Itália), UDLAP — Universidad de las Americas Puebla (México), UNAM — Universidad Nacional

RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTY1