Agrossociedades -
oBrasilquedeucerto
N
o ano passado, a participação do agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB) na-
cional foi de 22%, já consideradas as atividades agroindustriais. Também no ano
passadooagronegócioconsolidouasuaposiçãocomoomaiorempregadorbrasilei-
ro, comcercade 30%dos empregos divulgados pelogoverno. Para terminar, lembremos que
o saldo líquido do agronegócio, no comércio exterior brasileiro, deverá atingir cerca deUS$
120bilhões neste ano. Literalmente podemos dizer que é a lavoura que está salvandoopaís.
São números como esses que reforçam a convicção de que o agronegócio continuará a ser a
molapropulsoradaeconomiabrasileiranospróximosanos.Masoquequeremosdestacaragora
é o papel, ainda pouco conhecido, do agronegócio na criação das centenas de novas cidades,
que chamamos de agrossociedades. Esse termo foi criado e proposto pelo professor José Luiz
Tejon, do Núcleo de Agribusiness da ESPMe umdos fundadores da Associação Brasileira de
MarketingRural(ABMR).SãocidadescomoLucasdoRioVerde,SorrisoeRondonópolis(MT),
RioVerde (GO), RibeirãoPreto eOrlândia (SP),Maringá (PR), Chapecó (SC), SantaCruz do Sul
(RS). Todas elas, pequenas ou grandes, têm um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),
superior à média nacional. Seus habitantes conservam ainda hoje a autoconfiança, a inicia-
tiva e o espírito igualitário que herdaram dos pioneiros que as fundaram. São cidades onde
as crianças têm boas escolas, os serviços de saúde funcionam e os empregos novos surgem
todos os anos, criados por empreendimentos de iniciativa das próprias comunidades locais,
ou pelas grandes empresas do agronegócio nacional.
Decertaforma,asagrossociedadessãoumretratodoBrasilquedeucerto.Sãoautênticasvias
demãoduplaquenãoapenasproduzem,mas tambémconsomemcadavezmais, de tal forma
queasgrandesáreasmetropolitanasjánãosãomaisdominantesnamaioriadossegmentosdo
mercadoconsumidor.Issofazdasnovasagrossociedadesumcampofértilparaomarketingea
propagandaespecializados,provocandoosurgimentodeprósperasagênciasdecomunicação
comomercado, no interior do país.
Naturalmente, o agronegócio ainda temproblemas demarketing que não consegue resolver,
principalmentequando se tratada exportaçãode carnes. Nossa imagemlá fora criabarreiras
queimpedemumaexpansãomaiordasvendasejáestãoexigindoacolaboraçãodenossosme-
lhoresprofissionaisdemarketingepropaganda.Diríamosmesmoqueessedesafiorepresenta
uma das maiores oportunidades para os nossos profissionais mais criativos e experientes.
Mas fica aqui uma advertência: ao procurar os líderes do agronegócio, não espere encontrar
o estereótipo clássico do cidadão de chapelão e botinas.
O agronegócio de hoje é dirigido por verdadeiros empresários, sintonizados com o mundo e
quefalamalínguadosnegócios.Sãoinovadores,corajosos,eseusexpoentes,comoaBRFoods
e a JBS, por exemplo, já se transformaramemgrandesmultinacionais brasileiras.
Francisco Gracioso
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