Marco_2006 - page 35

Varejo:
a última fronteira
41
M A R Ç O
/
A B R I L
D E
2 0 0 6 – R E V I S T A D A E S PM
JR
–O
shopping
torna-seumaespécie
depólourbano?
CARLOS ANDRÉ
– Claro. Quando
observamos a evolução dos proble-
mas de trânsito, da violência, é fácil
entender por que isso tende a acon-
tecer. Antigamente havia poucos
shoppings
, e o seu raio de abran-
gência era maior. Diversificando-se,
elesvãoatenderaoconsumidormais
próximo de todas as formas.
FERNANDO
– Tentaria fazer um
resumo de nossas observações, dos
seuspontoscomuns;eu,pelomenos,
identifico três grandes movimentos,
que foram discutidos: primeiro o
movimento de concentração que
poderia ser discutido – se existe ou
não. O atual grau de concentração
é baixo. Esta é a razão de as empre-
sas, de forma geral, terem projetos
de expansão.Quandoouvimos que,
no segmento de supermercados, a
concentração é de 40%, quero lem-
brar que, há 2 ou 3 anos, falávamos
de45%,oque significaqueapartici-
paçãodosmaiores, de fato, caiu.Os
menoresaumentaramaparticipação.
Emmaterial de construção, nós da
Telha Norte – em todos os
home
centers
– representamos 5% no
Brasil, 20% em São Paulo. Ou seja,
uma boa parcela do mercado está
fora desses números. Vou citar um
número queme foi fornecido – pois
não sou um especialista – a Renner
declarouque,noRS,ondeelaé líder,
o comércio não regular representa
60% das vendas. O comércio
chamado informal,maisaspequenas
lojas, as que não estão em cadeia.
Acho que há espaço para con-
centração.Aomesmo tempo, háum
segundo movimento importante,
que é o de segmentação. Falamos
aqui do modelo da Richards, dos
shoppings
. Há uma brutal especia-
lização da distribuição. O próprio
Pão de Açúcar acabou segmen-
tando seus nomes e marcas em
função de clientes a que queria
atender: A com Pão de Açúcar, B
com Compre Bem...
MÁRIO
– A e B é Pão de Açúcar; C
eD,CompreBem.NocasodoRJ, há
uma forterederegionalqueé Sendas,
que tem lojas tanto na área nobre
quantonamaispopular.Ehá,noRio,
a bandeira do Pão de Açúcar e do
Compre Bem, e mais o Extra. Há a
concentraçãodonegócio, noRJ eSP
e–noNordeste–umavançogrande
no formatohipermercado. Evejoum
movimentosemelhantenos
shopping
centers
. Hoje, há
shopping
de con-
veniência,
shopping
de luxo; haverá,
daqui a pouco, o
shopping
de peri-
feria. ParamimaRichardsnãoéuma
loja de vestimenta; é uma loja de
estilo de vida – ela segmentou um
cliente. Deve se interessar por
clientes entre 30 e 50 anos, para um
certo tipo de indumentária; é uma
loja de estilo de vida,
design.
FG
–Aqui também falamos empers-
pectivas parao futuro.Nãodevemos
ignorarque–naeconomia;comoum
todo–a importânciadosserviçosestá
crescendo. Uma parcela cada vez
maior do orçamento doméstico vai
“ARICHARDSÉUMALOJADEESTILODEVIDA,DESIGN.”
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