Marco_2006 - page 90

Heloisa
Omine
99
M A R Ç O
/
A B R I L
D E
2 0 0 6 – R E V I S T A D A E S PM
derados quanto ao tempo que dis-
põem para a compra. A pesquisa
doPOPAI Brasil indicaqueamédia
de permanência no pdv é de 45
minutos. O dado da pesquisa ante-
rior apontava amédia de 78minu-
tosdepermanência, emais, oscon-
sumidores estão mais seletivos so-
bresuascompras.Apesquisaaponta
que do valor gasto para o valor
previstonãohá alteração. A grande
mudança ocorre nos itens que são
comprados, ou seja, o consumidor
vai aopdv com a intençãode com-
prar determinados produtos e
marcas e sai comoutros produtos e
outras marcas, pois, no momento
da compra no pdv, o consumidor
encontra-se diante de inúmeras
opções de ofertas e da profusão de
tipos, formatos, tamanhos e uso, e
os produtos e marcas o estimulam
a realizar a troca.
OPDVdeixoudeser responsa-
bilidadedaEngenhariaepassoua
ser responsabilidadedaComuni-
cação (AndréaSemprini)
O estímulo no pdv inicia-se já na
fachadada loja, convidandoocon-
sumidor a entrar e a descobrir as
inúmeras opções ali oferecidas. A
ambientação do ponto-de-venda
ganha assim uma nova dimensão,
muitomais estratégica, pois através
dela as lojas transformam-se em
destinos para compras e para vi-
venciar momentos inesquecíveis.
O piso de venda, transformado em
espaços cenográficos e de entre-
tenimento, atrai o consumidor atra-
vés dos estímulos visuais, dirigindo
os olhos através das áreas, dos dis-
plays,dosprodutosemarcas, convi-
dando a passear pela loja.
Acomunicaçãonoponto-de-venda,
hoje, realiza-seatravésdos sentidos
humanos, capturando a atenção,
estimulando a experimentação,
concretizando a venda. As novas
ferramentas de comunicação no
ponto-de-venda são multidiscipli-
nares, utilizam cores,
design
de
equipamentos, comunicação vi-
sual, iluminação, som, aromae tex-
turas, unindo-se à arquitetura.
Oscenáriosdas lojascadavez
maisprecisamencantarosclientes,
convencê-losaentrar,olhar,se
identificarcomoambientee
consumir
Na construção de ambientes de com-
pra, cresce a importância em se
trabalhar com os cinco sentidos hu-
manos. Sob este aspecto, a comuni-
cação estabelece-se através da rápida
associação que temos com imagens e
mensagens de produtos emarcas, que
estão presentes em nosso dia-a-dia e
fazempartedonosso imaginário. E são
essasinformações,queestãoarmazena-
das em nosso imaginário, que devem
serenfatizadasnoponto-de-venda,com
o objetivo de efetivação de compra.
Transmitir mensagens consistentes no
pdvéessencialparaque todoo esforço
de comunicação integrada completeo
seuciclocomoconsumidor.
Trabalhar com os cinco sentidos, no
momento de compra, aguça, no
consumidor, sensações agradáveis e
debem-estar, transformandooatode
compra emmomentos prazerosos.
Somados aos estímulos visuais, os
aromas e odores são utilizados para
reavivar nossa memória, os laços
familiares e afetivos, como “o cheiro
dacomidadamãe”, “oaromadeum
cafezinho bem tirado”, “o pãozinho
quente e fresquinho”, a música e o
som ambiente, com acordes suaves
e leves relembram bons momentos,
podendo reativar uma certa nostal-
gia, desacelerando os passos; omes-
mo processo utilizamos acelerando
o ritmo das músicas e por conse-
qüência a velocidade da compra. A
intenção é sempre gerar conforto e
segurança ao consumidor.
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