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MANIFESTO REFLETIR BRASIL
10 pontos de partida para um modelo em construção.
1. Somos um País continental, com 200 milhões
de pessoas e uma natureza pródiga.
Precisamos pensar como continente: importante, imponente, líder.
Necessitamos elaborar um projeto de País consistente e onde todos
se sintam responsáveis em seguir o planejado. O Brasil deve se tornar
um exemplo de País sustentável nos vários eixos: econômico, social,
cultural, ambiental.
2. Somos criativos, flexíveis, adaptáveis,
empáticos, pacíficos.
Precisamos elaborar um modelo não engessado na forma,
mas firme nos valores e propósitos, que não permita brechas para
desvios de conduta, corrupção, violência. Tolerância Zero para estes
aspectos. A ética deve ser um objetivo a ser afirmado.
3. Somos alegres, afetivos, amigos, sonhadores,
sensuais.
Nosso modelo precisa contemplar a beleza, a leveza, o amor.
Precisamos ser uma sociedade feliz. Não podemos perder o foco
na realização, na concretude dos sonhos, nas metas estabelecidas
do projeto de País. Temos que ser consistentes, comprometidos,
profundos. No nosso modelo de mobilização social é fundamental.
4. Somos diversos, com multiplicidade
de olhares e saberes. Apreciamos as diferenças
e promovemos a convergência, a harmonização.
Nosso modelo deve enaltecer e fortalecer a diversidade, torná-la um
potencial da sociedade brasileira. Defendemos a liberdade religiosa
sem discriminação. Nosso modelo celebra a inclusão e a diversidade,
que são características da brasilidade. Seu reconhecimento permite
criar um modelo inclusivo, sem preconceitos, empático, solidário, justo.
5. Somos coletivos, sociais, comunicativos,
conectados, gostamos de gente.
Convidamos para a criação de um modelo elaborado coletivamente,
que permita a troca de ideias presenciais e em redes colaborativas
e cooperativas entre si. Nossa sociedade deve ser “redonda” e não
plana, linear. A responsabilidade é de todos. Necessitamos aprender
a exercer nossa responsabilidade cidadã, compartilhada em seus
diferentes níveis.
6. Temos uma cultura diversa, singular, sincrética
e criativa em diferentes áreas.
Nosso modelo deve enaltecer nossa cultura, divulgar, premiar
e reconhecer nossos personagens, autores. Valorizar as culturas
locais de forma persistente e buscar a internacionalização.
Num mundo cada vez mais interdependente devemos avançar
muito além dos nacionalismos, tendo sempre o planeta em mente
e a responsabilidade sobre ele compartilhada. Temos que afirmar
nosso sincretismo cultural, que mistura códigos e estilos, de forma
avançada e sofisticada, a ser oferecido ao mundo como referência
ou inspiração.
7. Somos empreendedores, batalhadores,
esforçados, resilientes, “tiramos leite de
pedra”, “nos viramos”.
Precisamos de educação formal, que nos capacite para o
empreendedorismo e o cooperativismo em diálogo. Deve ser um
modelo que fortaleça uma economia, que aponte para a inclusão
e a diminuição das desigualdades. É preciso formação para aumentar
nossa exigência na qualidade de produtos e serviços. Precisamos
mais qualidade na formação para sermos mais produtivos.
8. Não somos eficientes, eficazes e efetivos nos
negócios; perdemos com facilidade o foco e os
prazos; nos falta capacitação, comprometimento;
não sabemos nos internacionalizar, divulgar
nossa marca Brasil.
Nosso modelo precisa levar em conta esta carência brasileira
e dar espaço para mais capacitação nas relações internacionais,
conhecimento das diferentes culturas e linguagens específicas,
que gerem resultados efetivos para os trabalhadores. As micros
e pequenas empresas devem ter prioridade, as empresas nacionais
precisam ser valorizadas. A carga tributária precisa ser reduzida
e melhor distribuída, diminuir a burocracia e desenvolver
a infraestrutura. A prioridade para as empresas micros, pequenas
e médias vai gerar ganhos para todos e, portanto para o País.
9. Somos acomodados, não nos posicionamos,
não reclamamos por nossos direitos.
A autoestima do brasileiro precisa ser fortalecida. Nosso modelo
deve estabelecer com clareza deveres, direitos e responsabilidades.
Criar canais e mecanismos para a participação popular direta
e coletiva, compartilhar a informação e democratizar a comunicação
no País. Nosso conceito de democracia precisa ser aprofundado
e as práticas transformadas.
10. Não sabemos exigir do Estado os serviços
básicos de qualidade, apesar dos altos
impostos.
Hoje, nosso modelo de Estado é caro e ineficiente. Sistemas
de educação e saúde sem qualidade, segurança comprometida,
infraestruturas arcaicas, transporte público insuficiente, política
partidária corrompida, falta de transparência. Precisamos repensar
o papel dos cidadãos e cidadãs diante do Estado, criar um novo
modelo de educação cidadã. Democratizar a democracia.