Revista ESPM - jul-ago - Revolução Silenciosa - educação executiva como vantagem estratégica das empresas - page 15

julho/agostode2013|
RevistadaESPM
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Revoluçãosilenciosa
naeducaçãoexecutiva
Por Alexandre Gracioso e FranciscoGracioso
Foto: Arquivo
T
ecnologias audiovisuais já emuso permitemoferecer cursos a distância,
mais atraentes que os ministrados nas mais competentes salas de aula.
Claudio deMoura Castro, umdosmaiores especialistas emeducação do
Brasil, diz que o futuro está no ensino híbrido (presencial e a distância), e
emdois perfis demestres: grandes oradores e facilitadores.
Está clara a existência no Brasil de uma demanda por uma educação executi-
va em novos formatos. As escolas de negócio estão procurando novos meios de
relacionamento com executivos, mas nenhuma delas pode dizer que encontrou
o caminho. Nem aqui nem no exterior. As instituições se deparam com um perfil
de pós-graduandos radicalmente diferente do que existia há dez anos. Hoje, os jo-
vens que procuramas escolas de negócio estão na faixa dos 23 aos 27 anos. São re-
cém-egressos da graduação, que procuram cursos mais curtos, de especialização.
Do lado das empresas, a maior revolução foi a disseminação das universidades
corporativas. Do ranking das 100 Melhores Empresas Para Trabalhar no Brasil,
cerca de 60% já têm universidades corporativas. As escolas particulares estão se
adaptando à nova situação. Já as universidades federais permanecemfiéis ao padrão
tradicional demestrado e doutorado voltados para omundo acadêmico. Aúnica con-
cessão que fizeram, há dez anos, foi a criação domestrado profissionalizante.
Poucos pensadores brasileiros estão mais bem aparelhados do que Claudio de
Moura Castro para analisar essas questões. Especialista em educação e articulista
da revista
Veja
, ele é defensor histórico da reforma educacional. Nesta entrevista
aos professores Francisco Gracioso e Alexandre Gracioso, da ESPM, Moura Castro
afirma que a educação brasileira está atrasada tambémno uso da tecnologia. “Oque
nos salva [da concorrência internacional] é aquilo que Eça deQueirós chamou de ‘O
túmulo da literatura’. Ou seja, a língua portuguesa”, diz ele.
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