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Alumni ESPM | Felipe Sollito Ventura

Revista da ESPM

| janeiro/fevereirode 2014

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a AACDnão está presente. Como é umtrabalho voluntá-

rio, todas as despesas com as viagens sempre são pagas

pelos pais de Felipe, proprietários daÓticaVentura. Res-

ponsável pelomarketingda loja, oex-alunodaESPMtam-

bémaproveita para praticar o bemno negócio da família

ao promover uma festa deNatal para crianças carentes e

oprojeto “Visão emAção”, que todos os anos levamais de

1,5 mil crianças carentes ao oftalmologista e oferece os

óculos para aqueles que precisam . “Ter cursado a ESPM

me deu toda bagagemnecessária para entender omarke-

ting como um todo, e como a partir dele conseguimos

mudarmuitos outros fatores dentro da empresa demeus

pais. Alémdisso, fiz grandes amigos naESPM, oque com

certeza foi meumaior presente!”

Todo esse trabalho voluntário rendeu ao protagonista

da Corrente do Bem uma legião de fãs. Luara, vítima de

Osteogenesis imperfecta

, ou a popular doença dos “ossos

de vidro”, faz parte desse fã-clube. “Aceito ser líder desse

projeto por saber que meu trabalho ajuda a amenizar o

sofrimento de famílias como a da Luara, que basta fazer

ummovimentomaisbruscoparaquebrar algummembro

do corpo. Seu sorriso é aminha recompensa.”

Projeto de vida

Logoquandonasceu, Luara quebrou alguns ossos. Ainda

namaternidade, amãe soubedadeficiênciadafilha.Opai

não aceitou o problema e abandonou a família, deixando

Luara e seu irmão mais velho aos cuidados da mãe, que

passou a trabalhar dobrado para sustentar os filhos. Na

AACD é comum ver mães que cuidam sozinhas de seus

filhosdeficientes eaindaenfrentamopreconceitodentro

da própria casa. Felipinho também foi vítima de precon-

ceito, e essa talvez seja a grande diferença que ele temem

relação aos demais voluntários da AACD.

Doisanosdepoisdedoar seucofrinhodemoedasparao

Teleton

, ele caiuna casadoavô, ficouparaplégicoepassou

a sentir na pele toda essa discriminação. “Felipe estava

brincando comas primas na casa dos avós. Durante uma

corrida, tropeçou, caiu eno chãoficou. Fomos para ohos-

pital Albert Einstein e lá osmédicos disseramque o fato

de Felipe não sentir as pernas era umtrauma do tombo e

que isso passaria emalgumas horas. Voltamos para casa

e ele passou o domingo inteiro deitado, sem mexer as

pernas”, lembra Deborah, que no dia seguinte retornou

ao hospital, onde permaneceu como filho por 12 dias.

Há 11 anos, Felipinho começou a dar palestras emescolas,

para divulgar o trabalho daAACD, pormeio da Corrente do

Bem. Desde então, ele já falouparamais de 20mil crianças