Rev i sta da ESPM–
janeiro
/
fevereiro
de
2006
Edi
torial
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Recentemente, no encerramento do 1
o
Simpósio Internacional de
Administração e Marketing e do III Congresso de Administração da
ESPM, com o tema “Negócios Internacionais”, relembrei que, há 150
anos, houve uma longa discussão no Senado Imperial brasileiro sobre
aconveniênciaounãode sepromover a imigraçãodeeuropeusparao
Brasil. Havia defensores da tese de que se deveria proibir a imigração,
pois os imigrantes e seus descendentes acabariam tomandoo lugar eo
poder das elitesdopaís. Jánaquelaépocahavia indíciosdequemuitos
de nossos líderes, no fundo, temem e desconfiamdeles.
Ainda hoje, nossa vida política está cheia desses complexos. Muitos
governantes–mas tambémmuitosempresários– tememaglobalização
e a integraçãodopaís como restodomundo.No entanto, esta edição
da Revista da ESPM comprova que o Brasil real, aquele que faz as
coisas acontecerem, já aceitou a globalização comoo fenômenomais
importantedageopolíticacontemporânea.Um fenômeno irremediável
e irreversível. Sónos restaaceitá-loeparticipardelecomoatoresativos,
globalizandoenãoapenassendoglobalizados.Muitasempresasbrasilei-
ras já se tornarammultinacionais, namaiscompletaacepçãodo termo.
Oestudodos efeitosdaglobalizaçãoestáadquirindouma importância
decisiva para o nosso futuro. E foi nesse contexto que a ESPM decidiu
lançar o seu curso de graduação em Relações Internacionais, com
foco em negócios internacionais. Será um curso para diplomatas das
empresas, como diz o Prof. Sérgio Pio Bernardes em seu artigo sobre
onovo curso. Serámais uma demonstraçãode que oBrasil andamais
depressa do que os seus políticos.
FranciscoGracioso
O
Brasil
andamais
depressa
doqueos
políticos
