Marco_2009 - page 130

A impiedade dedutiva do
Sr. Thiry
R e v i s t a d a E S P M –
janeiro
/
fevereiro
de
2009
130
Sum
ário
OBAMA, OPROTECIONISTA?
MárioMarconini
pág. 16
O pacote do Presidente Obama
mal transitava pelas duas casas do
Congresso americano e a palavra
“maldita”docomércio internacional
já ecoava: protecionismo. O receio
de que o novo presidente pudesse
ser umprotecionista vinhados pro-
nunciamentos de sua campanha.
Passadaaeuforiadavitória,Obama
voltaaser testadosobresuasconvic-
ções livre-cambistas –destavez, de
verdade.Trata-sedeumDemocrata
eopartidoDemocrata, considerado
a“esquerda”norte-americana,pen-
de para políticas socioambientais,
comércio justo, e um Estadoprove-
dor e tolerante.
O sistemadecomércio internacio-
nal pós-Segunda Guerra Mundial
foi uma “invenção” norte-ame-
ricana que envolveu não apenas
a defesa do livre comércio como
tambémoapoiopolíticoàcriação
de um aparatonormativoque efe-
tivamente o defendesse.
O novo Presidente não será o
primeiro a demonstrar cacoetes
protecionistas e nem sequer o
primeiro a lidar com uma socie-
dade que clama por proteção.
Mas – ironicamente – Obama
talvez seja o único líder a reunir
atributos suficientemente poten-
tes que, combinados de alguma
forma “mágica”, possam trazer de
volta a liderançanorte-americana
no comércio – assim como em
outras áreas.
BrettonWoods Plus
FredericoAraujo Turolla
José Francisco V. deMoraes
pág. 22
Mais de meio século depois que
as nações aliadas se reuniram para
desenhar as instituições que gover-
nariam o mundo do pós-guerra,
aparecem novos desafios. Na dé-
cadapassada, as velhas instituições
desenhadas em Bretton Woods
provaram suautilidadecontracrises
depaísesemergentes,comooBrasil,
oferecendopontes de liquidezpara
atravessar a turbulência. Nestemo-
mento, entretanto, há um desequi-
líbriomaior na economiamundial,
representadopelograndedéficit em
contacorrentedos EUA. Emmeioà
crise, os investidores foram buscar
proteção justamente no epicentro
do terremoto, e isto garante certa
estabilidade global, fortalecendo o
dólar. Porém, será necessária uma
perdadovalor dodólar paraajustar
oatualdesequilíbrio.Hánecessida-
dede instituiçõesmais fortes contra
possíveiscorreçõesdesordenadasna
paridadedasprincipaismoedas,mas
hádúvida sobre se asmodificações
terão a profundidade necessária
paraosgrandesdesafiosqueonovo
milênio vem apresentando para a
economia do PlanetaTerra.
A inserçãocomercial
internacional
brasileira em 2009
Edmir Kuazaqui
pág. 36
O artigo pretende analisar breve-
mente a
performance
comercial
do Brasil no ano de 2008, con-
textualizando dentro da evolução
histórica e panorama do cenário
internacional. Posteriormente, será
efetuadaumaprevisãoparaoanode
2009, evidenciandoasperspectivas
comerciais do país em relação ao
mercado externo, envolvendo os
novosnegócios,a inserçãobrasileira
naAméricaLatina, a relaçãocomos
principaisemergentes, inclusivecom
aChina eo resultado e consequên-
cias das eleições norte-americanas.
Osconteúdos foramcoletadosapar-
tirde impressõesdeespecialistasda
áreadecomércio internacional,bem
comoaconsultadiretaaoMinistério
doDesenvolvimento da Indústria e
Comércio (MDIC),Cepal (Comissão
Econômica para América Latina e
Caribe) e
The Economist.
Executivo
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/
abril
de
2009
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