Marco_2009 - page 125

Júlio C.B. Figueiredo eRichard R. Lucht
março /abril de 2009 – R e v i s t a d a E S P M 125
JúlioC. B. Figueiredo
Doutor em Física (USP-SP) e Coordenador
Acadêmico da Área de Operações – Pós-
Graduação (ESPM-SP).
RichardR. Lucht
DoutoremAdministraçãodeEmpresas(FGV-SP)e
DiretorNacionaldePós-Graduação (ESPM-SP).
ASPO −Association for theStudy of PeakOil and
Gas, (http://www.peakoil.net)
IEA − International EnergyAgency,
(http://www.iea.org)
Savinar,Matt − LifeAfter theOil Crash,
(http://www.lifeaftertheoilcrash.net)
Hubbert Peak of Oil Production,
(http://www.hubbertpeak.com)
BritishPetroleumStatistical Review ofWorld
Energy, Junho 2008.
(http://www.bp.com/statisticalreview)
Shell. Dynamics as Usual & Spirit of a Coming
Age, 2001. (http://www.wind-energie.de/filead-
min/dokumente/Themen_A-Z/Ziele/Shell_Vor-
trag_EE_Strategie_2003.pdf)
InflationData.(http://www.inflationdata.com )
Bibliografia
ES PM
O futuro
Não importaqual sejaa soluçãoado-
tada. No final todos os sistemas de
produçãomundial terãosidoafetados
demododiretoedrástico.Teráhavido
a obsolescência de parte do parque
industrial, com o sucateamento de
muitos deles (refinarias de petróleo,
fábricas de veículos convencionais).
Deveremosobservaro surgimentode
indústriasmenores, mais eficientes e
energeticamenteautossuficientes. Isso
tudo necessitará de um significativo
investimento em P&D, exigindo
também grandes quantias de pe-
tróleo, cada vez mais escasso. É
razoável, pois, que as nações te-
nham emmente a necessidade de
desenvolverprogramasde redução
deconsumo,atempodessasúltimas
reservaspoderemserutilizadaspara
aconstruçãodas soluções futuras.
Aexaustãodas reservasdepetróleo
é uma questão de tempo. Mesmo
queainda restemalgumasdécadas
para que isso ocorra, os preços
não devem mais, estruturalmente,
retroceder. Essa escassez difere, fun-
damentalmente, das que houve em
períodos anteriores, devido ao fato
da sua origem ser geológica e não
políticaoueconômica. Estandoperto
de restar apenasopetróleomais caro
emais difícil deproduzir, comoode
águasprofundasouderegiõespolares,
éhoradeosorganismos internacionais
empreenderemesforçoscoordenados
eperenescomoobjetivodeseminimi-
zarospossíveisefeitosnegativosdessa
transição.Casocontrário,deixaremos
para as próximas gerações um grave
problema cuja solução não tivemos
competênciadeencaminhar.
M. Dueñas