Setembro_2009 - page 51

Pedro
Cabral
setembro
/
outubro
de
2009 – R e v i s t a d a E S P M
51
masoBrasil, sendoo sextomer-
cadodomundoem internautas,
éapenaso15
o
nomercadomun-
dialempropagandana internet”.
Pedro – E é o sétimo mercado
em propaganda no mundo, em
investimentos publicitários.
Gracioso – O que explica
isso?
Pedro – Há duas questões im-
portantes: a primeira é que, no
Brasil, você tem um
trading
muito
organizado em tornoda televisão;
achoque isso é uma competência
da televisão e giramuito em torno
dacompetênciadasOrganizações
Globo. Temos que reconhecer
isso. Eles têm um produto bom,
que se mantém atualizado e es-
tratégias – empresarial, política,
enfim – para estabelecer uma
sólida relação com as agências.
JRWP–Omelhormarketing fun-
ciona: omarketing da empresa
de comunicação...
Pedro – Eles têm competência, o
que fazcomqueconsigammanter,
digamos, um modelo vencedor,
aqui no Brasil, de forma diferente
do que vem ocorrendo em outros
países. Aqui, você ainda tem con-
centradores de audiência fortes
e isso é uma realidade, apesar
de toda a fragmentação, mas a
fragmentação ocorre. E mais: de-
mograficamente, não faz nenhum
sentido que hoje se tenha uma
concentração maior no cabo do
que na internet, mas, se existe,
é porque é mais fácil pegar uma
campanha que já está pronta na
linguagemparaTVabertae levá-la
}
Quandovai comprar umcarro, o
consumidor jáo
{
montou
|
previamente.
~
Gracioso – O presidente
de um grande banco me disse
outro dia que, na opinião dele,
nenhum outro instrumento de
pesquisa é capaz de informar
tão bem o que está na cabeça
do consumidor como a inter-
net. Na verdade, é o que você
está dizendo, mas com outras
palavras: a internet talvez tenha
uma utilidade inesperada para
as empresas, como uma antena
voltada para omercado
.
JRWP – Você acha que, entre
esses problemas que estamos
discutindo aqui, mesmo quan-
do você fala de certo receio em
abrir asportasdeumaempresa,
há problemas específicos de
pessoal, treinamento, gestão
de conhecimentos?
Pedro – Há, e há muita timidez
também.
JRWP – Por parte da empresa?
Pedro – Timidez por parte das
pessoas, dos profissionais...
Exatamente porque, hoje, você
tem ferramentas extremamente
poderosas de publicação. Por
exemplo, o site da minha em-
presa é um site aberto; qualquer
pessoa pode criar uma página
no site da Click e publicar o que
quiser, inclusive com ofensas, o
que for... Eume dou o direito de
tirar do ar, mas a pessoa pode
escrever o que quiser.
JRWP –Você fala dos blogs?
Pedro–Éumacomunidadeaber-
ta, criamos dessamaneira.
Gracioso – Você pode ouvir
umdesaforodevezemquando,
mas também ouve muita coisa
importante.
Pedro– Isso. Jácontratei pessoas
por meio do site, já trouxe gente
do Canadá para trabalhar aqui, já
estabeleci contatos com pessoas
de outras áreas, tomei conheci-
mentodecoisasquenão sabiaque
existiam, recebi informações sobre
empresas que estavam usando
nosso nome...
JRWP– (Manipulandoo iPhone)
Você não é o primeiro click da
Google.
Pedro – E nem poderia ser, a
expressão “click” é muito ampla:
há um livro chamado Click, tem
até lavanderia...
JRWP–Masa ESPMéaprimeira
que aparece, noGoogle.
Pedro – “Click” não pode,
porque é muito genérico; mas
se você colocar “AgênciaClick”,
somos os primeiros.
Gracioso –Recentemente, li,
num anúncio, uma informação
interessante sobre a UOL. Eles
dizem: “não sabemos por que,
î
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