Setembro_2009 - page 56

R e v i s t a d a E S P M –
setembro
/
outubro
de
2009
56
LeROI
est nu
¸
de negócio, quanto em termos de
comunicação.
A indústria fonográfica, por exemplo,
ainda teima em parar a evolução do
tempoede seumercadopormeiode
processos judiciais – esquecem-se de
Darwin e de sua teoria, optandopela
forçabrutaecegaaoinvésdainteligen-
teadaptabilidadequepoderiadeixá-los
à frente desse processo; ou ainda as
marcasqueinvestemmajoritariamente
emmídiadigital tradicional – sim, no
meiodigital jáexisteo tradicional (res-
quícios da interruptividadedooffline,
peças visuais com exposição paga) –
emvezdemigraremparaaquiloqueé
aessênciadomeio internetemsieum
sem-fimdepossibilidadeaserexplora-
da e aprendida: as redes sociais são a
novamaneirade criar e consumir em
rede, de maneira individual-coletiva,
padronizandoasnecessidadesembus-
cadereduçãodecustoesegmentando
os desejos em busca de aumento de
receita – convergência em busca de
valoreessência.
Por tudo isto se dá o fato de os pro-
fissionais – no cliente ou na agência
–não saíremde suazonadeconforto,
motivados pelo conservadorismo dos
acionistas e, consequentemente, dos
presidenteseconselhosdasempresas.
AcomodadoscomseuBVe/ousalários,
confortáveis com os termos e técnica
que dominam de longa data e sem
pressãoporpartedaquelesquequerem
mesmo ter omáximode lucro como
mínimo de risco, clientes e agências
acabam por fazer sempre a mesma
receitadebolo: amesma receitadará
sempreomesmo resultado.
Investe-se muito em estratégias ultra-
passadaseaindapouconainversãodo
paradigma: redessociais,atendimento
epós-compra;lógicoqueapropaganda
como a conhecemos tem seu valor e
nãovai(ainda)desaparecerdevez,pois
cadamídia temseupapeledeve-se ter
ahabilidadedeintegrartodasressaltan-
do e convergindo seus potenciais em
busca de maximização do retorno e
minimizaçãodo investimento – todas
atraem, mas é nomeio digital que se
converte, engaja e fideliza; além de
possibilitar aferição e controle direto
de100%doqueestásendoveiculado.
Guardadas as devidas proporções,
características e objetivos, menos de
uma semana deTV nacional garante
umanobem fartonas redes sociaisda
web–masaquem isto interessa:mais
trabalho,menosdinheiro?
Para mudar isto, há de se repensar a
remuneração para as ações digitais,
poisemtermosdeROInãohádúvidas:
émais válido atuar no fomento viral
e convencimento pessoal, que em
mega-mensagens interruptivas e
padronizadas demassa.
Não émais uma questão se vai ou
não mudar a regra do jogo, e sim
quando a regra do jogo vai alterar
de vez.
Como diria Gramsci muito antes
de se cogitar a internet: ‘vivemos
uma época onde o velho demora a
morrer e onovo demora a nascer’.
Nestecenário, a frasedoexistencia-
listadinamarquêsSørenKierkegaard
seconectaperfeitamenteemostrao
caminho: ‘ousar é perder o equilí-
briomomentaneamente, não ousar
é perder-se para sempre’.
Os desafios são cada vezmaiores e
sempre novos, portanto a solução
não existe, deve ser criada. E con-
cretizada em rede.
}
Agoraqueas fontes tambémpublicam, começa
adiscussãodas regrasparaagestãodasmídias
digitais, legais e legítimasqueestãoàdisposição
dacomunicaçãoempresarial.
~
mportanteartigodePauloNasser
noTerra trazà luzoembatedaquilo
quedemaneiraveladajáseavolumava
por trásdehrefse tags:uma irreversível
revolução que, se por um lado nos
incomoda como humanos presos a
nossos hábitos, costumes e padrões,
deve nos instigar como humanos e
profissionais que somos para alçar
novosvooseconquistarnovasesferas.
I
mudatudo
Para
decomunicação
oprofissional
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