Revista ESPM - jul-ago - Revolução Silenciosa - educação executiva como vantagem estratégica das empresas - page 158

ponto de vista
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Revista da ESPM
| julho/agostode 2013
Carlos Vogt
A era digital da
educação continuada
A
formação em nível superior traz ganhos no sa-
lário, na empregabilidade e emaspectos sociais
relacionados à saúde, como amenor propensão
à obesidade e ao tabagismo. É o que aponta o relatório
Education at a Glance 2013, divulgado recentemente
pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimen-
to Econômico (OCDE). No Brasil, jovens entre 25 e 34
anos, graduados, ganham em média 40% a mais que
aqueles sem o título
diferença que sobe para 76% no
caso dos profissionais na faixa etária de 55 a 64 anos. O
documento conclui, portanto, que “um diploma de uma
instituição de ensino superior indubitavelmente é grati-
ficante em longo prazo”. Em tempos de crise e também
sem ela, em uma sociedade baseada no conhecimento
e na informação
e, portanto, também na formação
,
além do diploma universitário, a educação continuada
é igualmente necessária para o profissional que quiser
acompanhar as constantes mudanças do mercado e do
mundo atual.
Essa constante atualização do profissional vem
acompanhada de outro aspecto fundamental da con-
temporaneidade: a inclusão digital. O uso intensivo das
tecnologias tem estado na base do desenvolvimento de
sociedades no mundo todo, e as tecnologias de infor-
mação e comunicação (TICs), desde o século passado,
têm provocado verdadeiras revoluções em diferentes
aspectos. Agora é a vez da educação.
Nesse cenário, o conceito fundamental sobre o qual
se assenta o projeto da Universidade Virtual do Estado
de São Paulo (Univesp) é o do “conhecimento como bem
público”. Por meio do uso intensivo das novas TICs, a
Univesp busca promover a evolução social, possibili-
tando a universalização do acesso ao ensino superior
público e a universalização do acesso ao conhecimento
na sociedade digital.
O uso das tecnologias permite levar a educação a
lugares antes carentes de ensino superior e atingir
aqueles que não poderiam se dedicar aos estudos em
cursos convencionais, por inúmeros fatores, como tra-
balho, falta de tempo ou dificuldade de deslocamento.
A educação mediada pelas tecnologias, que vai além
da formação profissional para a inserção no mercado
de trabalho, permite a readaptação daqueles que foram
desalojados profissionalmente pelas novas tecnologias
ou mesmo para o empreendedorismo e a geração de
renda de novos negócios.
Assim, a educação continuada, mediada pelas tec-
nologias, é foco das duas vertentes da Univesp
na
educação formal e em cursos abertos. No primeiro
caso, a estrutura dos cursos se estabelece por eixos
profissionais e na forma de ciclos. Ou seja, os cursos se
apresentam comumnúcleo de formação básica seguida
por alternativas de trilhas profissionais correlatas, de
modo a permitir aos alunos a escolha de uma ou mais
habilitações profissionais nesse eixo profissional.
Isso permite que os alunos tenham uma formação
integrada de tal maneira que possam, sequencial ou
paralelamente, ampliar seus estudos e obter novas
certificações, estendendo, dessa forma, o conceito de
educação continuada.
Os cursos e conteúdos abertos seguem as linhas
dos Moocs (massive on-line open courses) e são ofere-
cidos através da Univesp TV
canal 2.2 da multipro-
gramação da TV Cultura
, também pela sua página
na internet e canal no YouTube. Atualmente, já são
mais de 8,5 milhões de acessos a esses conteúdos,
mostrando que são muitos os que querem saber mais
e aprender sempre!
Carlos Vogt
Presidente da Univesp
Ousodas tecnologias permite levar a
educação a lugares antes carentes de
ensino superior e atingir aqueles que
nãopoderiamse dedicar aos estudos
foto
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ciete silvério
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