Revista da ESPM
|maio/junhode 2014
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Comapenas 25 anos de vida, a jovemLucas doRioVerde já figura entre osmelhores lugares
para viver noBrasil. Veja o que faz dessa cidademato-grossense uma legítima agrossociedade
A
té a década de 1990, Lucas do Rio Verde
era considerada o “patinho feito” domédio
norte mato-grossense. “A cidade era tão
insignificante que, quando a luz chegou
na região, em 1994, a energia foi levada apenas para
Sinop e Nova Mutum e Lucas continuou no escuro,
mesmo estando localizada entre esses dois municí-
pios”, relembra o prefeitoOtavianoOlavo Pivetta, agri-
cultor gaúcho que na década de 1980 vendeu 15 hecta-
res de terra no Sul do país para comprar uma fazenda
de 400 hectares em Lucas do Rio Verde.
Segundo ele, naquela época, o sentimento de infe-
rioridade era tão grande que acabou unindo a popula-
ção para superar os problemas de energia elétrica, falta
de água potável e estradas intransitáveis. “Hoje, três
décadas depois, conseguimos mostrar para o Brasil e
até para o mundo quem somos, a que viemos e o que
estamos nos propondo a construir”, comenta Pivetta,
que começou plantando 50 hectares de arroz na região
e acabou construindo a Vanguarda Agro S.A., uma das
maiores empresas do ramo no país.
Em 1997, quando já figurava entre os gigantes do
agronegócio brasileiro, ele assumiu a prefeitura da
cidade e tratou de implantar um sistema de gestão
de resultados. “O que fiz foi transferir para a comuni-
dade o conhecimento que adquiri como empresário do
agronegócio. Na vida pública, o conceito é o mesmo:
fazer o máximo com os recursos disponíveis.” O pri-
meiro passo foi montar uma equipe composta por
produtores, empresários e profissionais liberais dis-
postos a servir a população e fazer de Lucas do Rio
Verde um lugar melhor para viver. “Normalmente, os
cargos públicos costumam ser preenchidos por pes-
soas indicadas pelo partido político. E acontece o que
Exemploaserseguido
matogrosso
Lucas do rio verde
frutos de um brasil melhor, maior e mais justo