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maio/junhode2014|

RevistadaESPM

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anos 1970. Oetanol produzido a partir da cana-de-açúcar

reduz as emissões do CO

2

da gasolina em89%, comuma

efetiva contribuição para reduzir o aquecimento global.

Caminhamos agora para o etanol de segunda geração,

usando o próprio bagaço da cana para fazer etanol ou

então a bioeletricidade a partir de sua queima em pode-

rosas caldeiras. O programa do biodiesel vai avançando

e hoje, assimcomo toda a gasolina consumida no Brasil,

tem 25% de etanol, todo o diesel já tem 5% de biodiesel.

As biorrefinarias, usando o etanol como matéria-prima

para substitutos dos derivados de petróleo, é outra opor-

tunidade que já vemsendo implementada por indústrias

nacionais com tecnologia estrangeira.

Osetor de celulose epapel vemse expandindomuito, o

quedeterminaoaumentodaáreacomflorestasplantadas,

que já atinge setemilhões de hectares, caminhandopara

dezmilhõesempoucosanos.Oeucaliptonasregiõestropi-

cais brasileiras jápode ser cortado aos sete anos de idade.

Novas tecnologias vêm surgindo nos mais diversos

campos. Entre elas avulta o programa Agricultura de

Baixo Carbono (ABC), destinado a reduzir as emissões

nacionais de gases de efeito estufa (GEE). São seis planos

articulados, que vão desde a recuperação de pastagens

degradadas até o novel programa de integração lavou-

ra-pecuária-floresta, além do planto direto, a fixação

biológica do nitrogênio ao solo, entre outros, exemplos

de sustentabilidade do nosso agro.

Hoje, todas asplantas cultivadasnoBrasil ocupam75,9

milhões de hectares, o que equivale a apenas 8,9%do ter-

ritório nacional, e as pastagens utilizam outros 20%, de

modo que 61% das terras brasileiras são ainda ocupadas

pormatasnativasdo tempododescobrimento. Comterra

disponível, tecnologia tropical sustentável, produtores

rurais competentes e competitivos, quefizeramumdolo-

roso ajuste econômico como consequência dos planos de

estabilizaçãoda economiadas últimasdécadasdo século

passado, e commuita água doce, oBrasil tem, realmente,

condições de aproveitar a grande oportunidade que se

apresenta coma crescente demandamundial por produ-

tos do agronegócio. E o país vem dando demonstrações

sucessivasdessa suacapacidadeprodutivaeexportadora.

Mas acontinuidadedesse sucessopode ser comprome-

tida por umconjunto de gargalos que compõema falta de

uma estratégia consistente para o setor.

Omaior gargalo é, semdúvida, a logística. Décadas de

descaso para esse segmento levaramao verdadeiro caos

30,6

25,9

99,9

82,9

-80,3

-1,0

82,6

-80,9

1,6

2,6

99,6

82,6 82,9

-17 -17

-4,7

03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14*

03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14*

desempenho do comércio exterior brasileiro

(US$ bilhões)

balança comercial do agronegócio

exportações

importações

saldo

agronegócio

outros setores

saldo total brasil

saldo comercial brasileiro

Fonte:

MAPAeMDIC.Nota:2014*–acumuladoMai.2013aAbr.2014.Elaboração:GVAgro

2,6 ,