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maio/junhode2014|

RevistadaESPM

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extremamente valorizada pelo governo do presidente

Lula, que foi umgrande parceiro da agroindústria sucro-

energética nosmercados interno e global.

Temo que estejamos jogando fora tambéma inteligên-

cia aplicada no desenvolvimento da cadeia produtiva da

cana, especialmente no interior paulista, que somente

assumiu a liderança do setor nos últimos 60 anos.

Até o final dos anos 1950, a agroindústria açucareira

era dominada pelo eixoAlagoas-Pernambuco. De lá para

cá, o setor fixou-sefirmementenoSudeste e invadiu anti-

gas pastagens antieconômicas do Centro-Oeste. Todo

mundo canta a revolução da soja, que foi levada do Sul

para todas as outras regiões brasileiras, mas precisamos

tambémreconhecer o quefizeramos produtores de cana

e os empresários do açúcar e do etanol.

Voto de confiança

No discurso da Agrishow, depois de comparar a garra

dos agricultores brasileiros à criatividade dos nossos

compositores demúsica popular e ao talento dos nossos

futebolistas, acrescentei: “Esperoque sejamos competen-

tes e eficientes o bastante para superar essa crise”.

O.k., foi umvotodeconfiançanoempresariadodoagro-

negócio, mas foi tambémum recado para o governo. Um

recado meio sem esperança, já que a presidente Dilma

Rousseff, alémde estar profundamente magoada com o

setor e não confiar nos produtores, está assoberbada por

diversosproblemasnas áreasde energia e infraestrutura,

para ficar apenas no campo econômico.

O senador Aécio Neves fez diferente, compareceu à

Agrishow e aproveitou bem sua visita, proclamando-se

“o candidato do agro”, e disse o que todos queriamouvir.

Estamos nummomento emque tudo está sob questio-

namentonoBrasil. Será consequênciada conjuntura eco-

nômicamundial adversa? Serão os frutos dasmudanças

Emvolume de produção, oBrasil já foi superado pelos

EstadosUnidos, que usamomilho como fonte do seu

etanol. Oetanol não deixará de ser produzido, mas o país

está deixando escapar uma oportunidade histórica

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