Cloud computing
Revista da ESPM
| setembro/outubrode 2014
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Umdosprincipaiscaminhosseguidosparacumpriressa
complexamissão é a adoçãode tecnologia, umcampono
qual o Brasil possui uma longa história de sucessos. Não
à toa, o país é hoje um dos principais mercados de TI do
mundo, foco de todas as grandes corporações do setor –
naHP, oBrasil integra a lista dos 15países prioritários da
companhia. Senossomercadoaindanãopossui amesma
maturidade tecnológicademercadoscomoonorte-ameri-
canoe ados principais países europeus, existempor aqui
inúmeros casos exemplares de inovação e boas práticas.
Essa excelência tecnológica brasileira se reflete no
entendimentode comoTI e suas megatendências atuam
no ambiente denegócios. NaHP, temos vistonos últimos
anos umcrescente interesse na adoção de computação
emnuvem, por exemplo.
Oefeitonuvemtemevoluído rapidamenteno território
nacional. Estima-se que os investimentos em
cloud com-
puting
aumentem de US$ 328,8 milhões do fim de 2013
paraUS$ 1,1 bilhão em2017. Estudos da consultoria IDC
indicamque 46%das empresas latino-americanas plane-
jam investir 25% do seu orçamento emsoluções de
cloud
ainda neste ano, e as vendas de serviços de computação
emnuvemdevemcrescer 74,3%nos próximos três anos.
De acordo coma consultoria Frost &Sullivan, omercado
teráumaexpansãode44%noBrasil nesteano, emrelação
a 2013, movimentandomais de R$ 1 bilhão.
Taisnúmeros sãoaconstataçãodeuma respostadireta
das áreas de TI à demanda que os negócios, em todos os
segmentos e indústrias, têmpor mais flexibilidade e dis-
ponibilidadedeinformaçãoporqualquermeio,dispositivo,
lugar, hora e usuários. São também uma prova de que as
áreasdeTI entenderamqueprecisamsermaiságeisepro-
dutivasparaatenderaosseusclientesinternos,garantindo
segurança, continuidade operacional e disponibilidade.
O que se espera hoje é uma área de tecnologia que
tenha uma posturamais consultiva, muitomais voltada
às soluções completas do que para a adoção de produtos
e dispositivos. As tecnologias precisam convergir, for-
mando uma solução que comporte os negócios da orga-
nização, seja ela umamultinacional gigantesca ou uma
startup. Não há mais espaço para uma TI que não seja
flexível, ágil e habilitadora de oportunidades.
A prática da teoria
Hospital das Clínicas implementa nuvemprivada para unificar seu sistema de gestão
Entre os cases criados nas nuvens
está o trabalho desenvolvido pelo
Hospital das Clínicas da Faculdade
deMedicina da Universidade de São
Paulo (FMU-SP), que em2012 adotou
umsistema corporativo HIS (Hospital
Information System) da HP para
integrar os serviços de TI de seus seis
institutos especializados, dois hospitais
auxiliares, uma divisão de reabilitação
e umhospital associado. ”Até o
ano passado, atuávamos comuma
plataforma desatualizada para gerir
essa infraestrutura de TI”, conta Aurélio
José Vitorino, gerente de infraestrutura
do Núcleo Especializado emTecnologia
da Informação (NETi) do Hospital das
Clínicas (HC). ”Em2012 fizemos os
primeiros investimentos emservidores,
mas chegamos à conclusão de que
era preciso integrar toda a plataforma.
Tínhamos umgrande desafio pela
frente”, lembra o executivo.
Após realizar umbenchmark
comgrandes instituições que atuam
na área da saúde para entender
as tendências de consolidação, a
equipe de TI do HC desenhou uma
solução quemelhor atenderia às
necessidades da instituição. ”Optamos
por não investir setorialmente, e sim
oferecer serviços compartilhados
para as outras unidades do HC,
incluindo storage, processamento e
armazenamento”, conta Vitorino. ”Ao
adotarmos a abordagemde nuvem
do HP CloudSystemMatrix para a
hospedagemdo sistema, no lugar
de duplicar, estamos concentrando a
infraestrutura. Hoje temos uma nuvem
privada comautonomia e estamos
otimizando o ambiente, que tem
tamanho bemmenor e nos possibilita
umacompanhamento integral.”
Hoje, o Hospital das Clínicas conta
46máquinas virtuais entregues e 16
CPUs emuso. ”Estamos com90% de
capacidade de processamento livre.
Temos uma taxa de disponibilidade de
67% emstorage, por exemplo. Podemos
fazer todo o transacional como
ambiente no ar”, ressalta Vitorino. Com
omodelo centralizado e baseado em
nuvem, agora o NETi temcapacidade
para entregar qualquer requisição de
ambiente feita à área de sistemas, em
horas ou empoucos dias, dependendo
da complexidade da solicitação. Na
estrutura anterior, esse processo
levava pelomenos uns 15 dias.