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data science

Revista da ESPM

| setembro/outubrode 2014

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grandes fases: o “Map”, quedisparadiversos agentes para

os locais emque estãoosdados (páginasdaweb, arquivos

na internet), e o “Reduce”, que inicialmente consolida os

resultados totais da sua busca a partir de consolidações

locaisdecadaagente.Issotornaoprocessoextremamente

rápido, permitindoqueconsultasamilhõesdepáginasda

internet sejam feitas emmilissegundos no computador

pessoal ou smartphone de qualquer pessoa.

Essa ideia não é de fato original, mas não havia sido

convenientemente implementada até então. A ferra-

menta Hadoop é uma das que mais se popularizaram

como tecnologia que suporta o

big data

a partir da imple-

mentação doMapReduce.

Organizando e analisando as informações

Os dilemas que as empresas vivem no contexto do

big

data

fortalecema necessidade de organizarmos as infor-

mações para podermos, efetivamente, analisá-las de

forma razoável e factível.

Segundo a consultoriaGartnerGroup, entre 70%e 80%

das informações relevantes nos processos decisórios

têmcaracterização espacial. Isso significa que questões

críticas de negócio nas organizações têm, na maioria

dos casos, componentes como “onde?”. Onde está omeu

cliente, emeus fornecedores? Para onde devo expandir

minha operação? Onde está minha concorrência?

A natureza geográfica das informações possibilita a

integração de dados, informações, processos, inclusive

big data

”, pelo simples fato de eles conviverem emum

mesmo espaço geográfico. Essa integração induz a uma

visão sistêmica (integrada, ampla, abrangente e holís-

tica) da maioria das questões necessárias às tomadas

de decisão. Por exemplo: caracterizar espacialmente

um tweet disparado por um cidadão sobre a qualidade

dos serviços públicos da cidade. Essa informação pode

ser georreferenciada, principalmente se o tweet tiver

partido de um dispositivo móvel. Isso significa que

a opinião dos contribuintes em geral pode variar de

forma significativa conforme a região da cidade, e isso,

sim, pode servir de insumo prático para a ação local

do poder público.

As empresas consomem informações geográficas

normalmente em processos de suporte à operação,

para descrição, expansão, segmentação e otimização

do território de atuação.

No contexto do

big data analytics

, para ajudar a orga-

nizar as informações, os modelos estatísticos estão se

aprimorando para poderemabarcar as informações de

localização e outros predicados espaciais (pertinência,

conectividade e proximidade). Eessa é uma tendênciado

bigdata

analytics: ousode técnicasdeestatísticaespacial.

Muitos negócios podemse beneficiar dessas técnicas:

modelos tradicionais de previsão de renda e de crédito,

no segmentobancário enomercadofinanceiro emgeral;

modelosdegestãode riscoedesempenho, quequalificam

e analisam influências locais no aumento de risco para

seguradoras;eomercadoimobiliário,paraacorretagestão

de compra e venda de ativos e omapeamento de regiões,

visando a melhor precificação de imóveis, em um con-

texto emque a dinâmica urbana territorial é essencial.

O

big data

analytics temgrande potencial de investi-

gação sob a perspectiva geográfica, pela relevância que

essa natureza de informação teme pelo fato de que dis-

positivos móveis (comGPS ou outros sistemas de posi-

cionamento global) como

devices

de informação sãouma

realidade em regiões urbanas no mundo. O número de

celulares no Brasil já ultrapassou a população brasileira

— temos 272,6 milhões de assinaturas atualmente no

país, o que compreende 115% da população e representa

o quinto maior mercado de

mobile

no mundo.