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setembro/outubrode2014|

RevistadaESPM

57

Dados de redes sociais, que compreendematualmente

um dos tipos de dados não estruturados mais analisa-

dos pelas empresas, podem evoluir de simples conta-

gens de

hashtags

para

sentimental analysis

. Analisar o

humor dos comentários feitos sobre uma determinada

empresa, ou sobre um evento, e vincular essa análise à

posição geográfica emque foramdisparados. Isso tudo

em tempo real, envolvendo um volume não controlado

de tweets — bem-vindo ao

big data analytics

!

A internet das coisas (ou

internet of things

,

IoT

), revolu-

çãotecnológicaquepossibilitaráareal comunicaçãoentre

aparelhosdascasasdaspessoasouentresistemaspúblicos

dotadosdesensores, potencializaráaindamaisopapel do

big data analytics

no contexto do espaço geográfico e das

possibilidadesdecapturadecomportamentoeinformação

sobre omundo real emseus diversos processos.

O futuro que nos espera

Empresas de diversos portes podemse beneficiar do

big

data

emmuitas perspectivas. Mas, infelizmente, poucas

são as que enveredarampelo uso da informação geográ-

fica emseusmodelos analíticos. Esse número não chega

a uma dezena delas.

A complexidade analítica traz, por um lado, o desa-

fio da implementação técnica. No entanto, por outro, a

dificuldade não é técnica. Amaior barreira para o uso

de

big data

pelas organizações está no aspecto cultural.

Confunde-se o

big data

(na forma como foi apresentado

neste artigo) comdados “big”. Problemas empresariais

envolvendo grandes volumes de dados já existem no

“mundo real” há muitos anos. Falta às organizações a

consciência de que o contexto analítico é novo quando

as demais dimensões do

big data

estão presentes. As

estruturas profissionais ou organizacionais que deve-

rão resolvê-lo devem ser híbridas, formadas por profis-

sionais de diversas áreas.

Atualmente, cunhou-se o termo data science, ou

ciência de dados, como evolução da tradicional

business

intelligence

para endereçar essa questão. O profissional

de

data science

deve ter conhecimento de tecnologia e

de negócios e ter habilidades analíticas para realmente

poder encarar o

big data

. É raro essas habilidades esta-

rem disponíveis em ummesmo profissional. Por isso,

as empresas devemconstruir timesmultidisciplinares,

com acesso quase que irrestrito, mas seguro, às infor-

mações, e que estejam independentes de estruturas

hierárquicas rígidas, como as áreas de TI.

Bons sinais apresentam-se já no presente. A ESPM

lançou recentemente o curso Sistemas de Informação

emComunicação eGestão, que forma profissionais com

habilidades em tecnologia e negócios, com uma trilha

especial de

big data analytics

.

O futuro dos sistemas de informação está em qua-

tro grandes tendências, conforme diversos

vendors

de

tecnologia definem: mobilidade;

cloud

;

big data

e

analy-

tics

; e

social business

. Isso tudo aliado a questões fun-

damentais, como o uso seguro e principalmente ético

das informações.

O que nos resta: acompanhar estas tendências ou

liderar seu entendimento emelhor aplicar emcontextos

de decisão? Certamente a segunda opção é a que fará

diferença para o futuro. De

big data

para

big problems

.

E que venham os

data scientist

!

Eduardo de Rezende Francisco

Cientista da computação, professor do NDE do

curso de sistemas de informação em comunicação e

gestão da ESPM e do curso de administração de

empresas da FGV-Eaesp, consultor em geoinformação e

sócio-fundador da Meia Bandeirada e do GisBIw

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