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R E V I S T A D A E S P M –
J U L H O
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A G O S T O
D E
2 0 0 3
SUMÁRIO EXECUTIVO
MERCADODETRABALHOPARA
OJOVEMBRASILEIRO:COMO
PROMOVERSEUCRESCIMENTO?
EduardoNajjar
P.
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Já se tornou lugar comum dizer que os jo-
vensprofissionaisdehojeserãoosdirigentesdas
empresasedosgovernosnum futuropróximo.
Noentanto,oqueseverificaéquenosnegócios,
comonapolítica,poucoestá-se investindona for-
maçãoprofissional denossos jovens.
Muito desse não-investimento deve-se ao
distanciamento entre aUniversidade e a Empre-
sa,paraa realizaçãodeprojetosconjuntos.
Masquemsãoesses jovens?Oquepensamares-
peitodeseu trabalhoeseu futuroprofissional?
Equaisasaçõesquepodem ser aplicadasà sua
formaçãoparaquepossam,acurtoprazo,termaior
nível de empregabilidade e amédio longo prazo
sejamcapazesdedesenvolverprojetosque levem
nossopaísaonível dequalidadede vidaquede-
sejamosparanósenossas famílias?
OSLIMITESDATOLERÂNCIA:
OTRABALHOSEMOEMPREGO
HermanoRobertoThiry-Cherques
P.
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O
artigoexaminaascondiçõesque levamaspes-
soasaelegercomomododesubsistênciao traba-
lhoindividualizado,nãocircunscritoàsorganizações.
Descreveos limitesda tolerância, tantodoempre-
gadoemrelaçãoàorganizaçãocomodestaemre-
laçãoao trabalhador,sobasópticaspolítico-estra-
tégica;psicofísicaeética.Aconclusãoedequehá
indíciosdequenovasoportunidadesseabrempara
osintolerantescomasorganizaçõeseosintolerados
por elasnamedidaemqueas formasde trabalho
nãopresencial têmespaçocrescentenaeconomia
contemporânea.Otrabalhosemoempregotemsido
visto negativamente. Mas nem sempre o
insulamentoéumostracismo.Elepodeserconve-
nienteadeterminadas personalidades. Apersisti-
remas tendênciasatuais,épossívelqueo trabalho
nãopresencialvenhaaseranorma,nãoaexceção,
nos próximos anos. É provável que o emprego, a
vinculaçãopermanenteaumaúnicaorganização,
seja residual empouco tempo..O trabalho inscrito
no espaço organizacional supõe umamargemde
tolerância.Eseatolerânciaéconstrutiva,elanãoé,
emsi,boa.Goetheescreveuquea tolerânciadeve
sertransitória,quedeveconduziraorespeitoenada
mais,porque,emúltima instância,toleraréofender.
COACHING: SÓQUEM NÃOÉBOBO
ACHAQUEVAIPRECISARDISTO
MarcosSouzaAranha
P.
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Há milênios nascia o coaching, como ne-
cessidadede ter uma visãoampliadadopre-
sente, para tomar decisões com impacto no
futuro. O Coach é a pessoa que deve ajudar
outras aatingir seus objetivos atravésdaqui-
loque têmdemelhor. Na antigüidade,muitos
líderes procuravam pessoas externas a seus
interesses visando para conhecer pontos de
vistadiferentes dos seus. A figuramais facil-
mente reconhecida era o “bobo da corte”,
único personagem autorizado a falar o que
quisesse. Obobo era um excelenteCoach e o
rei sabia que precisava de coaching.
Comoapalavracoachingse tornouumgenérico,
principalmente no Brasil, e diferentes tipos de
profissionais estão fazendo uso dela, é impor-
tantesepararasatividadescomo terapia,aconse-
lhamentoprofissional, counseling ,mentoring e
ocoachingpropriamente.
Ao contatar os profissionais que poderão fa-
zer seu coaching, pergunte qual é a
metodologia que irão utilizar e certifique-se
de que têm um roteiro claro a seguir. Toma-
das estas decisões, procure conversar com
profissionais de sua área, amigos, RH que já
tenham feito ou conheçam Coaches para
indicá-lo. Decida-se sobre para que, quan-
do, como, onde, com quem fazer coaching.
VERDADESDOVAREJO–
MARKETINGECOMUNICAÇÃO
NOMERCADOVAREJISTA
EdsonZogbi
P.
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Um textoexploratórioeanalíticosobrea trajetória
do marketing e da comunicação para o varejo
dosseusprimórdiosatéomomentoatual.Ohia-
toexistenteentrea formaçãoacadêmicaeomer-
cado, simultaneamente à grandemigração das
verbas,dacomunicação tradicional paraovare-
jo. A percepção diferenciada do consumidor
quando o assunto é varejo. Como fica o
planejamentodecomunicação,qualamídia ide-
al e a pesquisa como ferramenta indispensável
paradecisões.Asmarcasdos fabricantesdentro
daestruturadovarejoeo investimentodovare-
jistanasuaprópriamarca.O iníciodocruzamento
dosmeiosvirtuaiscomoponto-de-venda.Oque
oconsumidorconsiderabásicoeoqueédesejá-
vel. O varejo dentro da Internet. O uso da
criatividadeparapotencializaraenormedinâmica
do varejo. Umexercíciode imaginação sobreas
tendências do segmento buscando gerar idéias
inovadoras.
AAPLICAÇÃODOSMODELOSDE
COMPORTAMENTODOCONSUMI-
DORAOSCATÓLICOS
PRATICANTES
P.
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RodrigoD. deSalvi eErnestoM. Giglio
CadamodelodeCiência temapretensãode ser
aplicadoaumamploconjuntodemanifestações
deum fenômeno. Na verdadeo ideal a ser atin-
gido é que se aplique a todas as categorias de
um fenômeno em estudo. Osmodelos de com-
portamento do consumidor buscam explicar as
escolhas deprodutos e serviços pelas pessoas,
mas idealmentebuscam tambémexplicaraque-
lasescolhasquenãonecessariamenteenvolvem
troca financeira e sim troca de serviços, ou de
relacionamento.Éocasodaescolhaehábitodos
comportamentos religiosos.Nesteartigobusca-
mos desenvolver algumas reflexões sobre o al-
cancede trêsmodelosbásicosdocomportamen-
todoconsumidor,quandoaplicadosaocompor-
tamentodaspessoascatólicas. Osmodelos são
tipologia, processoemetapas e influência soci-
al. A análise é válida por dois motivos: por um
lado,os trabalhossobreo terceirosetor têmcres-
cidona literaturabrasileira;poroutro lado,osau-
tores têm interesseemcontribuirparapossíveis
mudançasnosprocessosde relacionamentoda
IgrejaCatólicacomos seus seguidores.
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