A aterrissagem da
águia
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R e v i s t a d a E S P M –
julho
/
agosto
de
2006
ternacional de poupanças. Os EUA
adquirem produtos e serviços, es-
pecialmentedoOriente, e recebem
de volta seus recursos na forma
de financiamento. A seta verde
mais grossa sobre o mapa-múndi
descreve, em linhas gerais, o fluxo
de capitais que se estabelece no
mundo atual, em contrapartida ao
déficit norte-americano nos fluxos
de comércio.
Naprática,oscapitaisasiáticosche-
gamaosEUAatravésdeaquisiçãode
títulos doTesouronorte-americano.
Em especial, os governos asiáticos
acumulam reservas internacionais
e aplicam essas reservas em títulos
do governo norte-americano. Em
função disso, uma parte razoável
da dívida pública norte-americana
se encontra emmãos de governos
asiáticos. Mais de 40% da dívida
pública norte-americana encontra-
senasmãosdeestrangeiros, emboa
parte asiáticos.
Claramente, esse desequilíbrio não
é sustentável! Por quê?Háum risco
muito grande em ter a principal
economia do Planeta dependendo,
para sua solvência financeira, de
países com os quais mantém re-
lações geoeconômicas delicadas.
5.
Aaterrissagem
daáguia
De volta às moedas, não é difícil
concluir que elas são um espelho
das transferências internacionais
depoupança.Háumdesequilíbrio
mundial – o déficit em conta cor-
rente norte-americano, financiado
por capitais orientais – que precisa
ser corrigido. E como corrigi-lo?
A formamaisdiretadecorrigir esse
desequilíbrioé fazercomquea taxa
de câmbio do dólar norte-ameri-
cano suba em relação às demais
moedas internacionais,ou seja,que
odólar fiquemais fraco. Seodólar
se enfraquecer, os produtos norte-
americanosficarãomaisbaratosno
exterior e os produtos importados,
mais caros nos EstadosUnidos.As-
sim, opaíspoderá reduzir seudéfi-
cit em conta corrente e, portanto,
suanecessidadedefinanciamentos
internacionais. Isso equilibrará o
sistema.
Mais de 40% da dívida pública norte-americana
encontra-se nasmãos de estrangeiros, em boa parte asiáticos.
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