Julho_2006 - page 32

Clusters
de negócios
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R e v i s t a d a E S P M –
julho
/
agosto
de
2006
cada pela sua posição destacada
e, em geral, de liderança na com-
petiçãomundial.
No estudo conduzido por Porter, a
abundânciadedadoseaqualidade
da sua coleta, praticamente sem
limites orçamentários, eliminavam
eventuais questões sobre afidedig-
nidade do resultado. Entretanto,
se era possível o reconhecimento
da competitividade das concen-
trações regionais de negócios e,
nesse sentido, de sua importância
econômica, política e social, não
havia estruturas de referência
(
frames of reference
) consistentes
para a compreensão de sua for-
mação, evoluçãoeoperação, entre
outrasquestões,quepermaneceram
sem respostas aparentes. Porter
ofereceuummodelo, denominado
“diamond”, que não continha as
JoãoPaulo
LaradeSiqueira
EngenheiropelaEscoladeEngenhariaMauá,mestre
edoutoremAdministraçãopelaFEA–USP,professor
ecoordenadordocursodegraduaçãoemmarketing
daTrevisanEscoladeNegócios,professordecursos
de pós-graduação Fundação Instituto deAdminis-
tração – FIA; autor de diversos artigos publicados
emperiódicoseco-autordo livroFinançasnoVarejo
edecapítulosde livrosdasérieVarejoCompetitivo,
ambosdaEditoraAtlas.
Agradecimento
Os autores agradecem aoProf. SérgioBaptista
Zaccarelli, cujas idéias e pesquisas permeiam a
totalidade desse texto, pelo repertório teórico e
prático, pela disponibilidade na avaliação, crítica
e aporte conceitual.
basesdefinitivasparaademandade
entendimento sobre essa entidade,
denominada
cluster
de negócios.
Entretanto, mais importante que
uma teorização integradora e
consistente sobre esse arranjo de
empresas, foi a possibilidade da
consideração da competitividade
regional e global de
clusters
como
um dado. Embora, atualmente
esse domínio teórico apresente
fronteiras ainda não totalmente
demarcadas – e, portanto, sejaum
elevado espaço para investigação
– , os
clusters
são uma alternativa
para o desenvolvimento regional,
com potencial competitivo inter-
nacional, e se constituem, sem
dúvida, em uma estrutura de
oferta econômica, social e politi-
camente viável a ser considerada
por governos, pesquisadores e
empresários.
RenatoTelles
Doutor emestre emAdministração pela
FEA/USP; graduado emEconomia/FEAUSP,
Engenharia/EPUSP e Física/IFUSP; professor
de graduação eMBAda ESPM, e FAENAC (onde
ocupa a direção do curso deAdministração);
autor de livros como“B2B:MarketingEmpre-
sarial”e“Canais deMarketing&Distribuição”
pelaSaraiva e de diversos artigos em revistas
técnicas e de negócio.
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No estudo conduzido por
Porter, a abundância de
dados e a qualidade da
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sem limites orçamentá
rios, eliminavam even-
tuais questões sobre a
fidedignidade do
resultado.
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