Julho_2006 - page 44

Júlio César
TavaresMoreira
47
julho
/
agosto
d e
2 0 0 6 – Revista da ESPM
Ao analisarmos alguns aspectos
sociais de caráter local e mundial,
tendo como referência a predomi­
nância do modelo capitalista no
processo de globalização e/ou
exclusão, vamos nos deparar com
questões que põem em cheque os
caminhos que estão sendo percor­
ridos, considerando o crescimento
populacional, a disponibilidade de
recursos, os modelos educacionais
acabam tendo vantagem com­
petitiva, dentro de um mercado
globalizado, são as sociedades que
funcionam primordialmente em
basescapitalistas. Estasestabelecem
estratégias e modelos num esforço
de “vendê-las” a todas as partes do
mundo.
Assim, todososprocessoseconômi­
cos são regidos pela concorrên­
cia e pela possibilidade da troca
tecnológica, busca de redução de
custos, informatizaçãoeautomação,
provocando a exclusão crescente
da mão-de-obra não qualificada
ou semiqualificada, o que amplia
a distribuição desequilibrada dos
recursosprodutivose, conseqüente­
mente, amá distribuição de renda.
Os modos de produção se estabe­
lecem em épocas diferentes nos di­
versospaíses; assim sendo, emcada
paísasetapas tecnológicasnãoocor­
remcomamesmaduração, fazendo
com que os países e/ou empresas
atrasadas busquem abreviar cada
etapa, copiandooque já está acon­
tecendonosmaisavançados,querseja
nos aspectos tecnológicos, quer nos
aspectos culturais e das instituições.
Neste sentido, quanto menor o in­
vestimento em tecnologia e desen­
volvimento,maioradependênciae,
conseqüentemente, a subserviência
àquelesquedeterminamos rumosa
serem seguidos.
Até recentemente, as empresas que
ganham a disputa para a obtenção
domenorcusto,demaioreficiência,
da maior produtividade tendem a
crescer mais, ter mais lucros. Isso
favorecemais os seus proprietários,
ampliando a tendência à concen­
tração e centralização de poder e
de riqueza. Conseqüentemente, o
resultadodaevoluçãodocapitalismo
éque, cada vezmais, haja o cresci­
mento destas empresas, fazendo
com que as chances dos pequenos
praticamente inexistam. O que nos
leva a crer que, apesar de todas as
mudanças que vivemos nas ultimas
três décadas, o pressuposto inicial
permaneceecontinua sendoaceito
sem restrições.
Abusca pela redução de custos, informatização e
automação provoca a exclusão crescente damão-
de-obra não qualificada ou semiqualificada, o que
amplia amá distribuição de renda.
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