Case-study
R e v i s t a d a E S P M –
março
/
abril
de
2009
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à economia internacional. Em 1995,
foi implantado o sistema de bandas
cambiais que durou até o início de
1999.OReal se fortalecia com a en-
tradadefluxosdecapital desde1994
econtribuíaparacontera inflaçãono
início.O resultado foi que a inflação
inercial foisendogradualmentesupri-
mida.Asmedidas incluíram também
mudanças institucionais, como uma
novaemoderna lei daconcorrência.
QuandoFernandoHenriqueassumiu
o poder em 1995, o Brasil iniciou a
modernização de sua infraestrutura
com um conjunto regulatório e a
privatização de empresas públicas,
tantopor concessões comodavenda
direta. Foram iniciadas, igualmente,
reformas profundas do setor público,
comestratégiasmaisfocadasnagestão
dadívidapública.Foi implementadaa
reformadosetorfinanceirodemaneira
a enfrentar os riscos dos bancos com
a perda das receitas relacionadas à
inflação, mas também para reforçar
a posição do sistema financeiro do
país. E o Brasil foi consolidando a
retomadadoseuacessoaosmercados
de capitais internacionais, que tinha
sido pavimentada pela adesão ao
PlanoBrady, com a renegociação da
dívidaexterna.
O Plano Real trouxe expectativas
positivas para a economia, uma
vez que se converteu na primeira
tentativa bem-sucedida de estabi-
lização da inflação, enquanto se
centravanadefesada concorrência
em substituição à antigapolíticade
controles de preços e de interven-
çõesdiscricionárias.Aíestáa raizdo
boom
econômicoque se seguiu. Foi
um crescimentode 4,7% em1993,
antesda introduçãodanovamoeda
e de 5,3% em 1994, o ano crucial
do Plano Real. Os investimentos
diretos estrangeiros irromperam no
país, atingindoUS$ 2,1 bilhões em
1995, US$ 4,4 bilhões em 1996 e
US$10,7bilhões em1997. Cresce-
ramcontinuamenteatéoano2000,
chegando aUS$32,8 bilhões.
RÉIS
– Sua origem é o real
português, importado na
época do Brasil-Colônia e
que começou a valer como
dinheiro no País a partir de
1614. Esta nota de mil réis
apresenta a efígie do impe-
rador D. Pedro II.
CRUZEIRO
–Substituiuo réis
em 1942. Nota de C$ 2,00,
com a efígie de Duque de
Caxias. O presidente era
GetúlioVargas.
CRUZEIRONOVO
–Criado
em fevereirode1967 como
padrão temporário até a fa-
bricação de novas cédulas.
Asnotasantigasdecruzeiro
foramcarimbadascomade-
nominação cruzeiro novo.
Estes 10 cruzeiros antigos
viraramNC$0,01 (um cen-
tavo). O presidente do País
era o general Humberto
CastelloBranco.
CRUZEIRO
- Em maio de
1970 volta a denominação
cruzeiro.AnotadeCr$1,00
mostra a efígie simbólica da
República.Estamosemplena
ditaduramilitar, opresidente
do País é o general Emílio
GarrastazuMédici.
CRUZADO
- Um pouco
dedignidade à novamoda.
O grande escritorMachado
de Assis estampa a cédu-
la de Cz$ 1.000,00 que
começou a circular em
setembro de 1987.
CRUZADO
- Antes da lite-
ratura, amúsica. Emoutubro
de 1986 uma nota de Cz$
500,00comaefígiedocom-
positor Heitor Villa-Lobos
entra em circulação.
CRUZADONOVO
- O de-
sespero toma conta do País.
Em janeirode1989umnovo
planoé lançado,oCruzado II
e com ele uma novamoeda,
ocruzadonovo.Aefígie sim
bólica da República volta à
ribalta nesta nota de NCz$
200,00, emitida em novem-
bro de 1989, nos estertores
dogovernoSarney. Suafisio-
nomiaestáapreensiva, como
o povo brasileiro.
CRUZADONOVO
-Antesda
quasehiperinflaçãosarneysia-
na a arte estava presente nas
cédulas nacionais. O pintor
Cândido Portinari estampa a
nota deNCz$ 5,00, lançada
em janeirode1989.
CRUZADO NOVO
- Em
maio de 1989 entra em cir-
culação uma sorridente Ce-
cíliaMeirelles,embelezando
a nota deNCz$ 100,00.
1614
1942
1967
1970
1989
1989
1989
1987
1986
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