E
Edi
torial
EXPEDIENTE
C
ONSELHO
EDITORIAL
Francisco Gracioso – Presidente
Alex Periscinoto
Alexandre Gracioso
Jacques Marcovitch
J. RobertoWhitaker Penteado
E
DITOR
J. RobertoWhitaker Penteado
MTB n
o
178/01/93
e-mail:
C
OORDENAÇÃO
E
DITORIAL
LúciaMaria de Souza
P
ROJETO
G
RÁFICO
Miriam Duenhas
C
APA
Edson Kanioshi
Peking.Design
I
MAGENS
NÃO
CREDITADAS
Arttoday
Keystone
R
EVISÃO
Anselmo Teixeira de Vasconcelos
Antonio Carlos Moreira
P
UBLICIDADE
Amadeu Nogueira
e-mail:
I
MPRESSÃO
Editora Referência
Rua François Coty, 228 – CEP 01524-030
Tel.: (11) 6165-0766 – Fax: (11) 272-6921
e-mail:
R
EDAÇÃO
Rua Dr. Álvaro Alvim, 123
São Paulo – SP – CEP 04018-010
Tel.: (11) 5085-4508 – Fax: (11) 5085-4646
e-mail:
D
ISTRIBUIDOR
E
XCLUSIVO
Fernando Chinaglia Distribuidora S/A
REVISTA DA ESPM
– uma publicação bimestral da
Escola Superior de Propaganda eMarketing. Os con-
ceitosemitidosemartigosassinados sãodeexclusiva
responsabilidade dos autores.
Professores, pesquisadores, consultores e executi-
vos são convidados a apresentaremmatérias sobre
suas especialidades, que venham a contribuir para o
aperfeiçoamentoda teoriaedapráticanoscamposda
administração em geral, domarketing e das comuni-
cações. Informações sobre as formas e condições,
favor entrar em contato coma coordenadoraeditorial.
PARA ASSINAR, LIGUE: (0XX11) 5085-4508
OUMANDE UM FAX PARA: (0XX11) 5085-4646
SEPREFERIR,ACESSEOSITE:WWW.ESPM.BR
UMTEMA
sta
Revista
brinda seus leitores com entrevistas exclusivas com três
grandes expressões da cultura brasileira: Artur da Távola, JoãoUbaldo
Ribeiro e RuyMesquita. Na deMesquita, citamos a frase de Churchill,
sobre a opinião pública, num aceso debate no Gabinete Inglês: “Não
existe opinião pública; o que existe é opinião publicada”.
O leitor encontrará, no artigo de Stalmir Vieira, uma velha citação de
3 mil anos, atribuída a Demócrito: “Nada existe, a não ser átomos e
espaço vazio; todo o resto é opinião”. Nestas duas frases tão distantes
está o âmago da questão, quando se discute o direito à liberdade de
expressão. Cadaparte tem a suaopinião –próou contra – conforme as
circunstâncias. Não é à toa que oprof. Clóvis deBarros dá a seu artigo
o sugestivo título: “Liberdade de imprensa – da utopia à tirania”. Sem
dúvida, não só a imprensa, mas todos nós cometemos exageros ao
usufruirdodireitoà liberdadedeexpressão.Masnãohádúvida, também,
de que nela se sustentam a democracia e as liberdades individuais.
Como na guerra, em que a verdade é a primeira vítima, nas ditaduras
a primeira vítima é a imprensa livre.
Há meio século, B. F. Skinner, o pai do behaviorismo, escreveu um
livroquemarcou época –
Beyond freedomanddignity
–ondedefendia
a necessidade de se intervir no comportamento e nos valores sociais,
como única forma de conseguir a aderência das pessoas às leis e
princípios de interesse nacional e coletivo. Skinner atacava omal pela
raiz, propondo claramente o controle da opinião coletiva através do
condicionamento comportamental, no melhor estilo do
Admirável
mundo novo
, descrito por Aldous Huxley. Desnecessário dizer que os
intelectuais americanos logo voltaram-se contra Skinner, considerado
apartir daí um autormaldito.Mas hoje, 50 anos depois, oproblemada
liberdade de expressão continua sem solução. Se é demais é ruim; e,
se demenos, pior ainda.
Francisco Gracioso
POLÊMICO