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História

Revista da ESPM

|março/abril de 2014

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Em paralelo ao pleno ambiente bélico na Europa, no

período a partir de 1860, considera-se o início da Revo-

lução Industrial, que estimulou grandes mudanças na

história da humanidade: petróleo e derivados; motor

a combustão; locomotivas a vapor; fabricação do aço; e

energiaelétrica.Omundocomeçaamudar.Masa logística

continua no campo militar.

Eis que em 1939 começa a Segunda Guerra Mundial,

que teve a Europa e o Japão como principais palcos dos

combates. A guerra, que seguiu até 1945, exigiu forte

desenvolvimento da tecnologia. Enquanto isso, os

Estados Unidos conservaram intocado o seu território

e trataram de preservar suas indústrias, universida-

des e cidades. Aproveitando esse ambiente de “guerra

globalizada” com tropas espalhadas, frotas de navios e

aviões emaumento crescente, os americanos entraram

na história da logística. Naquela época, os militares se

juntaram aos acadêmicos, que, usando a matemática,

criaram modelos de otimização no abastecimento das

tropas, para o fornecimento de alimentos, uniformes,

armas, veículos, combustível, munição etc. E foi dessa

forma que a logística virou ciência!Mas ainda assimela

permanece restrita ao ambiente militar.

Emmeados da década de 1940, a guerra termina, dei-

xando a Europa e o Japão destruídos. Nessemomento, os

EstadosUnidos reaparecemintactos, cheios demunição

e com força para usufruir de todas as ciências e técnicas

desenvolvidas durante a guerra. Aí a logística começa a

sair dos quartéis e a entrar nas indústrias. Sim, no início

a aplicação era somente nas atividades de manufatura.

Porém, ao se aproximar dos famosos “Anos Dourados”,

por volta de 1950, começa a transição.

A distribuição da logística

O iníciodos “AnosDourados” émarcadopormuitos fatos

importantes. Nonosso caso, a rápida expansão industrial

americana (ainda no conceito ProductionOrientedCom-

pany) ocorreaomesmotempoqueovarejocrescede forma

astronômica. O resultado é o surgimento de uma nova

ciência, omarketing, que, a partir de 1954, tememPeter

Drucker — autor de

Aprática da administração de empresas

(EditoraLivrariaPioneira, 1981) —omaior responsável por

colocá-la como “força poderosa” para os negócios.

O mundo vivenciou a era da expansão territorial, do

crescimento nervoso de produtos de consumo indus-

trializados (além do aumento da diversidade de itens)

e do surgimento das grandes redes de supermercados.

Resultado: problema de distribuição. Na tentativa de

resolver essa nova equação, as empresas passaram a

adotar o conceitode “MarketingDrivenCompany”. Ainda

assimtudo caminhavapara o caos quando, em1960, The-

odore Levitt publicou o artigo “Miopia emmarketing”, na

Harvard Business Review

. Na sequência, em 1967, Philip

Kotler escreveu a maior obra do marketing moderno:

Administração de marketing

(Editora PrenticeHall, 2000).

Daí surgiram inúmeros conceitos, mas o que pre-

valece até hoje são os famosos “4 Ps” do marketing —

Product

,

Price

,

Promotion

,

Place

—, que juntos formam

o cordão umbilical da logística empresarial.

Naquele cenário dos anos de 1970, os responsáveis

pelo marketing das empresas buscaram a universidade

(outra vez) para desenvolver modelos de otimização para

a “entregadosprodutos”. Assimo “P” de

Place

deuorigemà

distribuição física, comacriaçãodaNational PhysicalDis-

tributionAssociation(NPDA). Enquanto isso, asatividades

dalogísticaindustrialseguiamcaminhandoporoutrasvias.

Portanto, asgrandesempresaspassaramaconviver como

Gravura feitaem1808 retrataaatuaçãodas tropasnapoleônicas

naEspanha. Duranteoperíododo impériodeNapoleão

Bonaparte, credita-seaumdeseusgenerais, obarãoAntoine-

Henri Jomini, acriaçãodoconceitodefinitivode logística