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considerama profissão de agricultor muito importante

para quemmora nas cidades. Segundo o levantamento,

o ranking das profissões commelhor avaliação foi lide-

rado pelos médicos (97,1%), seguidos por professores

(95,8%), bombeiros (94,3%) e policiais (83,9%).

A pesquisa revelou também que, na comparação

com outros setores da economia, o agronegócio ficou

emquinto colocado no quesito “orgulho nacional”, mas

que nas regiões Centro-Oeste e Nordeste ele apareceu

na segunda colocação nesse conceito. O Centro-Oeste

representa hoje a região brasileira quemais consciência

temsobre o agronegócio, enquanto o Sudeste é omenos

informado sobre o tema, levando à conclusão de que o

agronegócio exibe contrastes: é respeitado e valorizado

pela população urbana, mas distante e desconhecido.

Entre os jovens urbanos, na faixa-etária de 16 a 24

anos, 48,7% afirmamnão conhecer a atividade do agro-

negócio. No que diz respeito a classes sociais, os entre-

vistados das classes A e B, alémde apresentaremmaior

conhecimento sobre o setor, tambémfazemassociações

mais diversificadas com o tema, relacionando o tema

comagricultura (40,5%), atividades como comércio (16%)

e produção e indústria (9,2%).

As profissões relacionadas ao agronegócio também

foram avaliadas. Na pesquisa, engenheiro agrônomo foi

a profissão mais lembrada, com 75,5% das citações. Em

seguida, apareceram: engenheiroambiental (51,5%), peão

(45,5%),médico-veterinário(37,5%),administrador(27,4%),

nutricionista(25,2%),químico(22,6%)eeconomista(21,9%).

A partir desse levantamento foi possível avaliar que

o consumidor espera qualidade de vida, paz do campo e

contato com a natureza, mas sem perder as facilidades

que a cidade oferece. Culinária emúsica são os dois elos

mais fortes que conectam a cidade e o campo no país.

Grande parte das organizações do agronegócio ainda

não percebeu o poder da agrossociedade. O link direto

campo-cidade e agricultor-consumidor é a mágica.

Crise de identidade

Há algum tempo, se identifica uma recorrente dificul-

dade da população dos grandes centros urbanos brasi-

leiros de entender a importância do agronegócio para a

vida e o cotidiano das famílias na cidade grande. Mais

do que atender a suas necessidades básicas por alimen-

tos, vestuário e transporte, a força desse setor gera um

impacto positivo no custo de vida dos lares brasileiros.

Essa hipótese foi testada em uma pesquisa feita pela

Abag, em parceria com a ESPM, para avaliar “a percep-

ção da população dos grandes centros urbanos sobre o

agronegócio brasileiro” nas doze maiores capitais do

país. Os resultadosmostramque, emcidades como São

Paulo e Rio de Janeiro, o conceito predominante emuito

bem-aceito é o da agricultura e o da pecuária, enquanto

em Goiânia e em Porto Alegre — que são cidades com

influências fortemente rurais — predominou a visão

das cadeias produtivas do agronegócio, que não separa

a indústria da produção.

A leitura dos documentos nos livros de história sobre

o Brasil, desde as capitanias hereditárias, o escrava-

gismo de índios e negros e os movimentos econômicos

Grande parte das organizações ainda

nãopercebeuopoder da agrossociedade.

Olinkdireto campo-cidade e

agricultor-consumidor é amágica

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maio/junhode2014|

RevistadaESPM

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