A
visão sistêmica e ampla dos negócios liga-
dos aocampopossibilitaenglobar atividades
sofisticadas da área de biotecnologia, logís-
tica e tecnologia da informação, instrumen-
tos de vanguarda das corporações empresariais. Essa é
uma realidade bemdistante daquela vivida no passado.
Com a emergência das cadeias produtivas, o agronegó-
cio brasileiro teve de incorporar tecnologia e gestão para
atender aosmercados interno e externo. Agora é preciso
lidar coma velocidade inusitada comque novos proces-
sos, produtos e serviços se renovam continuamente
nesse complexo e enorme setor, de suma importância
para a economia nacional.
Há 20 anos, Ney Bittencourt de Araújo criou, com
companheiros progressistas, a Associação Brasileira
do Agronegócio (Abag), entidade que segue o conceito
das cadeias produtivas, lançado emHarvard. Os elos da
cadeia vão de bens de capital e insumos, passando pela
produção agrícola e industrial, até a distribuição, ata-
cado e varejo, incluindo as exportações. Isso explica o
peso e a importância da cadeia agroindustrial, hoje cor-
respondente a 25% do PIB brasileiro.
EssadinâmicaimpressionantedoagronegócionoBrasil
decorre da necessidade vital de ganhar competitividade.
Éumdesafio que não se pode perder de vista no presente
eno futuro, comamanutençãodos investimentosempes-
quisa, desenvolvimento e inovação. Temos provas cabais
e verdadeiros cases de sucesso para exaltar a capacidade
empreendedora de pequenos, médios e grandes agricul-
tores. Alçamos a posição de único celeiro domundo em
condições tropicais. Os outros países como os da União
Europeia, os Estados Unidos, a Austrália e a Argentina
são de clima temperado. Fizemos umamudançamonu-
mental na forma de fazer e praticar a agropecuária em
solos quimicamentemais pobres do cerrado, como sis-
tema de plantio direto na palha, a produção de biomassa
Infraestrutura
Revista da ESPM
|maio/junhode 2014
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