maio/junhode2014|
RevistadaESPM
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da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul),
combase nos dados do Pnud, é ainda mais completo ao
mostrar a intrínseca relação entre agronegócio e desen-
volvimento socioeconômico numa amplitude de dez
Estados brasileiros.
De acordo como levantamento, osmunicípios quenos
últimos20anos investiramemumaagriculturacommais
tecnologia tiveram evolução 38,2% maior em seu IDH
quando comparados às capitais dos estados avaliados.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, foram avaliadas
oito cidades, divididas em dois grupos: Municípios com
AgriculturaDesenvolvida(CruzAlta,LagoaVermelha,São
LuizGonzaga e Sertão) eMunicípios comAgricultura em
Desenvolvimento (Cambará doSul, PedroOsório, Lavras
do Sul e Quaraí). Os resultados apontaram, nas cidades
queinvestemnoagronegócio,melhoriamuitosignificativa
nãosónodesenvolvimentoeconômico, como tambémna
qualidade de vida, baseada, segundo a Organização das
Nações Unidas (ONU), em três quesitos: expectativa de
vida, renda
per capita
e nível de escolaridade.
A pesquisa da Farsul mostra que o crescimento dos
municípios comagricultura desenvolvida tem, namédia
dos estados analisados, ritmo similar ao de cidades da
zonametropolitana, que receberamgrandes investimen-
tospúblicosnosúltimosanos, porémcomumavantagem:
oferecemuma vida mais saudável às suas populações.
As cidades que têma agropecuária expandida criaram
uma rede de comércio forte, aumentando os níveis de
empregabilidade e geração de renda.
Semeando inovação
Os ganhos sociais obtidos pela pujança econômica do
setor só forampossíveis porque o agronegócio brasileiro
tem uma capacidade enorme de inovação. Ele próprio,
aliás, é um grande produto de inovação, já que o nosso
modelo de produção foi desenvolvido aqui, devido às
nossas particularidades de clima e solo.
O maior símbolo disso é a transformação do cerrado
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Esse amplo e ricomosaicoprodutivo
é a grandemolapropulsorado setor,
comuma safrade grãos prevista acima
de 190milhões de toneladas