setembro/outubrode2014|
RevistadaESPM
141
OBlogo ressurgiuapartir deuma insatisfaçãopessoal
de Pinho. Formado em2006, na ESPMdo Rio de Janeiro,
ele iniciou sua trajetória profissional na Future Security,
empresadetecnologiafundadapeloinvestidor-anjoAndre
Diamand.Comoseunegócioeraempreender,decidiuvoltar
paraacidadedeMacaé, ondepassou todaasua infânciae
adolescência, ecolocar empráticaoqueaprendeunasala
de aula. “Abri três restaurantes e uma agência de publici-
dade na região. Mas muito do que aprendi na ESPMnão
estava conseguindo aplicar nomercado local. Então, em
2008, voltei paraoRiode Janeiro, fiz umMBAno Ibmec.”
No ano seguinte, ele fundou a Sync, empresa especiali-
zadaem
mobile
marketing, comaajudadeuminvestidor-
anjoqueaplicouR$120milnaempresa.Valelembrarqueo
iPhone foi lançadoemjunhode2007e, naépoca, abasede
aparelhoscelularesdaAppleeraquaseque inexistenteno
Brasil. Por contadisso, erabaixoo interessedasempresas
emdesenvolver aplicativos
mobile
. “Depoisde setemeses
tentando vender a ideia, consegui meu primeiro cliente,
OGlobo
, comaajudadeumaex-alunadaESPM, quehavia
começado a trabalhar na área comercial e acreditou no
potencial da ferramenta”, revela Pinho. “A partir desse
projeto, tudo começou a dar certo!”
Durantecincoanos,aSyncdesenvolveuaplicativospara
grandes empresas, como o jornal
O Estado de S.Paulo
,
O
Globo
,aHP,aWizardeaFiat.“Chegamosaterumacarteira
de30clienteseumfaturamentoanual deR$1,25milhão.”
ParaPinho,partedeseuDNAdeempreendedorfoimol-
dadopelaESPM. “Nãoconsigomever semterpassadopor
essaEscola, que foi uma experiência fora da curva aome
proporcionar uma base teórica demarketing, finanças e
negócios aliada a um senso estético e uma carga muito
forte de design e branding.” Como consequência dessa
experiência, na Sync, ele empregoumuitos ex-alunos da
ESPM. “Estudando a ciência do consumo, aprendi que
marketing é a arte de entender e saber conversar com
as pessoas. Por isso, sempre gostei de contratar gente da
ESPM, comessemesmoDNAdemarketing voltado para
omundodos negócios.”
Emboraonegócioestivesseindobem,Pinhoestavainco-
modadocomo fatodegerar inovaçãopara terceiros,mas
nuncaparaopróprionegócio. Assim, apartir de2011, ele
começouaatuar tambémcomo investidor-anjoapoiando
oitostartups.Doisanosdepois,decidiuvendersuapartena
Syncefocarseusesforçosemumaúnicaestrat
égia:empla-
car oBlogo nomercado americano. “Minhameta agora é
transformaroBlogonomelhor aplicativoparablogueiros
domundo. E tenho quatro anos para isso.”
De acordo comesse empreendedor digital, o produto
de uma startup precisa, necessariamente, resolver um
problema. Então, na basede todooquestionamento está
odesafiodesaber identificar issode formaclara. “Quanto
maior for esseproblema,maispropensoousuárioestará
emperceber valor na solução proposta. Mas a ideia deve
estar apoiada emummodelo de negócios. Enão é difícil
monetizar”, ressalta Pinho, citando o grande problema
das startups brasileiras. “Muitas começam oferecendo
o produto de graça, sempensar emcomo fará o usuário
pagar por issono futuro. Todo empreendedor precisa ter
umolho na paixão e outro no bolso!”
Oque éprecisopara fazer onegóciodar certo? “Tirar a
ideia dopapel e pôr oprojeto emprática. Não tenhamedo
de perder, porque isso tambémfaz parte do jogo, que está
ficandocadadiamais emocionante.”
Segundoele,atecnologiaabreespaçoparaqueoempre-
endedor repense toda a cadeia de negócios, emummovi-
mento semfim. Como exemplo, Pinho cita alguns cases
recentes: “Hoje, você aluga casas no AirBnB, espaço na
nuvem via DropBox e filmes no Netflix. A forma de con-
sumir produtos e serviços está mudando. Omodelo de
propriedadeestásendosubstituídopelomodelodeacesso
aobenefíciode algoque pode ser alugadopor umperíodo
determinado”, prevê Pinho. “Do ponto de vista de negó-
cios, quanto mais novidades tecnológicas são lançadas,
mais oportunidades você tem de empreender.
Move fast
and break things!
”
“Parte domeuDNAfoimoldado
pelaESPM. Não consigome ver sem
ter passadopor essaEscola, que foi
uma experiência forada curva”
AmurePinho
e s p e c i a l E m p r e e n d e d o r e s d i g i t a i s