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REV I STA DA ESPM–
J A N E I RO
/
F E V E R E I RO
D E
2005
das ruas e estradas. Mas nós pro-
movemos eventos fechados, no
circuito internacional. No caso de
Interlagos, tem-se a oportunidade
de ver quase todos reunidos.
JR
– O pessoal da revista
Caras
foi fazer reportagem disso?
VIVIANE
– Já. Mas temos de
“segurar” um pouco, porque nosso
cliente dificilmente é encontrado
numa revista desse perfil. Ele não
quer aparecer. Nossa política é de
não divulgar nomes, e os clientes
agradecem.
JR
– E quem compra um boné da
Ferrari?Vi na boutique uma camisa
Polloda Ferrari que custaR$85,00
– está ao alcance de qualquer
pessoa.Mas não é qualquer pessoa
que vem à boutique da Ferrari.
VIVIANE
– É o que chamamos de
tifoso
–odoentepelamarca.O
mer-
chandising
da Ferrari só começou
em 98. Antes, tudo era falso. A fá-
brica fazia vista grossa.Mas aí des-
cobriram o nicho de mercado, e
começou um processo de
licensing
no mundo inteiro. Em 1999, ofi-
cializamos e começamos a vender
no Brasil. Havia um agente/dis-
tribuidor no Brasil, mas achamos
que isso tinhade fazer partedaem-
presa, pelo tratamento diferente.
Entre 1999 e 2001, insistimos para
teronegócionoBrasil,mas tivemos
que provar que seria rentável, com
documentos, pesquisa demercado.
JR
–Mas a suadistribuição émuito
exclusiva. Além daqui, na Via Eu-
ropa, ondemais seencontramesses
produtos?
VIVIANE
– Temos alguns pontos-
de-venda,emaeroportos,porexem-
plo. Loja não, porque uma loja não
se sustentaria.
JR
– Se uma loja estabelecida,
como a Daslu, quiser vender pro-
dutos Ferrari?
VIVIANE
–Não é proibido. Temos
permissão de distribuir.
JR
– Trata-se de parte do negócio
ou apoio promocional para a ativi-
dade principal de vender carros?
VIVIANE
–Nãoéocarro-chefe,mas
responde por cerca de 10% do fatu-
ramento. O que pesa bastante no
merchandising
em Ferrari são as
atividades que temos no salão do
automóvel. Colocamos a loja pró-
xima ao
stand
eumaoutraparadar
apoio. E todos os anos, no grande
prêmio, onde temos seis pontos-de-
venda.
JR
– Como vocês vêem este tipo
de cliente?Deve havermuita gente
assim no Brasil.
VIVIANE
– São pessoas apaixona-
das pelamarca, e é justamente o que
você falou:não temocarromasquero
boné. Éuma grife.Temos aindamuitas
oportunidadesparaexpandir, noBrasil.
Hoje, temosessa lojano
showroom
, as
atividades de mercado de campo –
salãodoautomóveleGP–,algunspon-
tos-de-venda no Rio de janeiro e
Salvador, e temos a loja virtual, que
vai muito bem, que é a Ferrari Store,
. Melhor do
que investirnumponto-de-venda fixo.
Seeuabrirumponto-de-vendaFerrari,
não posso, seis meses depois, fechá-
lo. Issonãopode acontecer.Amatriz
também é cautelosa. Eles têm uma
loja no aeroporto de Bolonha, uma
no aeroporto de Milão, outra em
Roma eNova Iorque.
JR
– Você usa a propaganda con-
vencional?
VIVIANE
–Dejeitonenhum,emlugar
nenhumdomundo.Trabalhamoscom
omarketing de relacionamento.
JR
– Qual é a importância do Mi-
chael e do Rubinho para vocês?
VIVIANE
– É a identificação, o su-
cesso. OMichael representa o ho-
mem bem-sucedido, o piloto ven-
cedor. É aquele que teve sucesso –
ébemoperfil damarca.ORubinho
é a simpatia, aquele que está bus-
cando, que quer vencer.
JR
–Há diferenças nessas imagens,
na Itália, Alemanha e no Brasil?
Michael é alemão...
VIVIANE
– Na Itália, houve algu-
ma reserva –mas quando começou
a ganhar as corridas, passou a ser
adorado.
JR
– Vocês sabem se aumentaram
as vendas da Ferrari na Alemanha?
VIVIANE
– É o segundo mercado
“PARATRABALHARCOMMARKETING,
NESSESEGMENTO,HÁQUETERPACIÊNCIA.”
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