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R E V I
S T A D A E S P M -
J U L H O
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A G O S T O
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O
EDITORIAL
problema do emprego e da empregabilidade de executivos e
formandos de graduação é tratado à exaustão, nesta edição de
nossaRevista.Osespecialistasdoassunto revelamqueasempre-
sas estão cada vezmais exigentes, na hora de contratar
trainees
,
ouexecutivos.Osentrevistadores submetemoscandidatosauma
série infindável de testes refinados que avaliam sua personalida-
de e comportamento. Mas, curiosamente, parece que as empre-
sas se preocupammenos com o grau de conhecimentos acadê-
micos dos candidatos, no caso dos jovens formandos. Tomam o
diplomacomocomprovaçãodessesconhecimentosenãosepreo-
cupam em testá-los. Isto dá à parte ética e comportamental um
pesodecisivonaavaliação.Mas napráticaas coisas nem sempre
funcionam como deveriam. Uma grande amiga contou-me que
seu filho, um formando de Administração de Empresas, passou
recentementeporumprocessodeseleçãode
trainees
numagrande
empresa e foi um dos escolhidos, justamente pelo seu espírito
participativo. Os entrevistadores apreciaram bastante as suas in-
tervenções nas discussões em grupo. Depois de contratado, o
jovem trainee passou a trabalhar no departamento demarketing
e logo foi chamado a participar de uma reunião com a agência
depropaganda.Na reunião, participoubastanteedeuváriospal-
pites.Nodia seguinte, o gerentedemarketingo chamou edisse:
“Daqui para frente, fique de boca fechada nas reuniões, ou vai
ser despedido”.
Como se vê, é precisoque os selecionadores dos departamentos
deRHentremem sintoniacomos seuscolegasdosoutros setores
da empresa. Mas é preciso também que os jovens candidatos
compreendamquemuitas empresas são forçadas a recusar mui-
tos candidatos excelentes, simplesmente porque não há vagas
para todos, na atual conjuntura econômica. A esse respeito, a
chargedeDorinhoque ilustra esta edição faz-me lembrar da ve-
lha frase do filósofo inglêsDavidHume, que disse certa vez: “só
a arte dá vida à verdade”. Numa época como essa, quando dez
mil pessoas (inclusive muitas com diplomas universitários) se
candidatamaumavagadegari noRiode Janeiro, é lógicoqueas
empresas procuram dificultar cada vezmais o ingresso em seus
quadros.Dequalquer forma, lendoasopiniõesde tantosdiretores
de RH e
headhunters
, gostaria de dar um conselho aos jovens
formandos: acimade tudo, planejema suaprópriacarreira.Defi-
nam os seus objetivos profissionais e coloquem-nos acima dos
interesses das empresas empregadoras.
FRANCISCOGRACIOSO
EXPEDIENTE
C
ONSELHO
EDITORIAL
FranciscoGracioso - Presidente
Alex Periscinoto
AlexandreGracioso
AylzaMunhoz
JacquesMarcovitch
J. RobertoWhitaker Penteado
E
DITOR
J. RobertoWhitaker Penteado
MTBn
o
178/01/93
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LúciaMaria deSouza
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ROJETO
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RÁFICO
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IRETORA
DE
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RTE
MiriamDuenhas
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OTO
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APA
Junior deOliveira
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