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R E V I S T A D A E S P M –
J U L H O
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A G O S T O
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sários, homensdepropaganda, ve-
ículos que, volta e meia, afirma:
“Temos que preparar empreende-
dores.Os jovensdevem sair daqui
prontos paramontar seus própri-
os negócios”. Não sei se isso é vi-
ável e, acima de tudo, plausível.
São coisas que gostariade ver dis-
cutidas, não só em benefício da
ESPM, mas da maioria das facul-
dades, do Brasil, pelo menos de
Administração e Comunicação, e
de muitos cursos de pós-gradua-
ção. O que dissermos será lido
comatençãopor centenasdeedu-
cadores pelo Brasil afora.
SÉRGIO
–
Acho que a questão do
estágionoBrasil está sendobastante
polemizada, porque aumenta o nú-
merodeestágios ediminui onúme-
ro de empregos. Grande parte das
empresas tem utilizado estagiários
comoempregados.A lei émuitoan-
tiga–de1977, depois82–, emuito
elástica. Há razões que poderiam
explicar isso.Primeiro,aquestãodos
encargos. O estagiário não tem,
necessariamente, fundo de garan-
tia, 13
o
salário e ganha menos.
Tambémproliferamasagênciasde
integração. Só no estado de São
Paulo, hoje, são mais de 65. A
ESPMéatéprivilegiada, nessepar-
ticular, porque as empresas com
quem temos convênios têm bons
programas. Posso citar oCitibank,
a Multibrás, Coca-Cola, General
Motors,Volkswagen,BankBoston.
FÁTIMA
–
Você citou só multi-
nacionais.
SÉRGIO
–
Elas predominam.
FÁTIMA
–
Mas aNaturaéumaem-
presa nacional e tem um programa
deestágiomuitobemcuidado, con-
corrido e valorizado. São 800 mil
candidatos, às vezes, para10vagas.
SÉRGIO
–
Temos que separar o
joiodo trigo. A ESPM é privilegia-
da porque fazemos uma triagem
de empresas com as quais temos
interesse em fazer convênio. O
estágio – por definição – é de en-
sino e aprendizagem para habili-
dades ecompetências.Nesse sen-
tido,podemos levantaralgumashi-
póteses para o aumento de está-
gio. O que poderíamos fazer ain-
da melhor é a aproximação entre
a empresa e a universidade.
Mesa redonda