Ilan
Avrichi
57
julho
/
agosto
d e
2 0 0 6 – Revista da ESPM
jeans de griffe por R$ 40,00, malas
Sansonite por R$ 50,00, camisas
de algodão de manga comprida
por 30, tênis Adidas por 40. Não é
difícil entender por que as expor-
tações chinesas estabelecem novos
recordes a cada novomês que ter-
mina.Aomesmo tempoemquenos
“shopping-centers” de Pequim que
visitei, eque se assemelham aoque
aqui chamamos de promocenters,
os preços são os que descrevi.
Mesmo na cidade menor em que
estive, lojas de griffes caríssimas
estãopresentes: ErmegildoZegna,
Hugo Boss, e Giorgi Armani, são
algumas das que me chamaram a
atenção. A recepção do Hotel Ritz
deXangai nãoficanadaadever, na
minhaavaliaçãodeprofundoconhe-
cedorde
lobbies
, aosdosdemaisda
rede, e o restaurante dos hotéis da
redeShangri-lá,daqualnunca tinha
ouvido falar, mas que émuito forte
nooriente, tambémnãoperdepara
osmelhores que conheço. Não era
bem o que eu esperava, num país
governado por um partido comu-
nista e que ainda tem os índices de
pobreza que aChina ostenta.
Algo que não se vê, mas que está
sempre presente e impressiona,
é a velocidade da mudança. Um
colega de congresso, que tinha
estado em Pequim 10 anos antes,
não se conformava com a redução
no número de bicicletas e motoci-
cletas. Segundo ele, elas ocupavam
quase todo o leito carroçável das
ruas quando da sua visita anterior.
Agora, a circulação deste tipo de
veículo está restrita a uma faixa.
Num pólo industrial que visitei, o
contraste entre os prédios antigos e
acanhados, que abrigavam fábricas
Um colega, que tinha estado emPequim há 10 anos, não se conformava com a
redução no número de bicicletas emotocicletas. Segundo ele, elas ocupavam
quase todas as ruas na sua visita anterior.
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