R e v i s t a d a E S P M –
maio
/
junho
de
2009
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A responsabilidade social e o
mercado internacional
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mais contemporâneos reside na
cláusula
buy american
, que está
inserida no pacote do presidente
norte-americano Barack Obama,
queembora sejaopresidenteeleito
norte-americano que mais tenha
tido relacionamentos comomerca-
do internacional (filho de africano,
viveu no meio de muçulmanos e
viveu na Indonésia, por exemplo),
parecequeseesqueceudequeparte
da origem da crise está nos Estados
Unidos. Ea influênciadaeconomia
norte-americana na crise de outros
países é bastante relevante. Longe
da desglobalização, termo cunha-
do pelo
premiê
Gordon Brown, o
fortalecimento das fronteiras e da
nacionalização para preservação
de empregos e impostos induz a
uma situação de aprofundamento
da recessãomundial.
Com todoestecenário, serácomum
que as empresas tenham de rever
para este e os próximos anos suas
metas de crescimento e adequar
suas estratégias de expansão. Po-
rém, não serácomadiminuiçãode
investimentosqueelas sobreviverão
neste período de incertezas. Além
daotimizaçãode recursos produti-
vos e humanos, as empresas deve-
rão se lançar nomercado com no-
vaspropostasdenegócios,produtos
e serviços.Tomemoscomoexemplo
hipotético uma região isolada e
em crescimento vegetativo, cujas
únicas fontesde recursos sejamum
lago cheio de peixes, a agricultura
e a pecuária rudimentares. Muitos
poderiam tentar dividir racional-
mente a quantidade de água e de
peixes do lago, o que levaria a um
consumo controlado e, por vezes,
finito. Outros poderiam entender
queexistem técnicas reais quepo-
dem fazer comqueas águas do rio
produzammais peixes e irriguem
as terras, propiciando um cultivo
maior eaampliaçãodacriaçãode
animais. A água da chuva poderia
ser armazenada, bem como tal-
vez outros mananciais poderiam
ser encontrados. Desta forma, a
regiãopoderia, dentrodeumcres-
cimento vegetativo controlado,
obter ganhos de escala que iriam
redundar namelhor qualidade de
vida para a população.
Um outro exemplo, este real, na
economia pós SegundaGuerra, pro-
dutores japoneses perceberam que
ondeplantavamarroz,geralmenteem
áreas inundadas, poderiam também
criarpeixes.Comosmesmosrecursos,
os japonesesobtiveramcarboidratoe
proteína, melhorando sua condição
econômicae social. E talvezeste seja
um dos comportamentos que pode-
riam fazer com que as empresas, na
atualidade, contribuíssem para ami-
nimizaçãodosefeitosdacrise interna-
cional. Adicionalmente, os governos
poderiam desenvolver e investir em
planos de expansão e infraestrutura
-atéem razãodequealgunsativose
recursosestãomaisbaratos–,gerando
o aquecimento das economias inter-
nas–eesse seriaumcomportamento
de responsabilidade social.
A responsabilidade social consistena
orientaçãodaempresano sentidode
otimizar emaximizar seus negócios,
de formaquepromovaconsequências
positivas sobre os seus
stakeholders
(clientes internos e externos, colabo-
radores, acionistas, comunidade em
geral, fornecedoreseogoverno),emi-
nimizeosaspectosnegativos.Segundo
Ferrel (2001, p.68), existem quatro
tiposde responsabilidade social:
Responsabilidade legal, que
consiste nas atividades que visam ao
bem-estar social dentro do cumpri-
mentode todasas leise regulamentos
governamentais;
Responsabilidade ética, que
consiste em atividades dentro de pa-
drõesdecondutaaceitável;
Responsabilidadeeconômica,
que implicanoentendimentodequea
empresaéumaentidadequepossibili-
taseudesenvolvimentoeconômicoe,
aomesmo tempo, daqueles comque
mantém relacionamentos; e
Responsabilidadefilantrópica,
que consiste em restituir à sociedade
oque foi recebido.Dentrodestadefi-
nição, muitos confundem filantropia
com responsabilidade social. Cam-
panhas de doação de alimentos são
atividades relacionadas à filantropia,
enquanto que a capacitação de no-
vas microempresas por incubadoras
(como, por exemplo, a de Guaru-
lhos), refleteResponsabilidadeSocial,
dentro de aspectos legais, éticos e
econômicos.
Novas propostas, novos negócios,
novas formas de pensar que condu-
zam a uma realidade sustentada de
crescimento e evolução, garantindo
a continuidade dos negócios e con-
tribuindo na sustentabilidade da co-
munidade: éneste sentidoque reside
a verdadeira responsabilidade social
empresarial. A seguir, uma discussão
sobrearealidadedofimdosempregos
estruturaisearelevânciaeconômicae
social dasmicroempresas.
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