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janeiro/fevereirode2014|

RevistadaESPM

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novas hidrelétricas. A conta chegou

na forma do apagão de 2001, quando

o país ficou literalmente às escuras e

descobriu que precisava de energia

para voltar a crescer. A falta de pla-

nejamento custou caro e teve graves

consequências. Mas serviu para

acordar o Brasil, que voltou a investir

em grandes projetos, indispensáveis

para assegurar seu crescimento. O

país tem uma grande vantagem com-

parativa, que é a sua matriz energéti-

ca baseada predominantemente em

fontes renováveis. A Rio+20 marcou

uma inflexão no debate sobre hidre-

letricidade, reconhecida hoje pelos

organismos internacionais como

uma fonte limpa e renovável. Por-

tanto, a matriz brasileira de energia

elétrica deve continuar fortemente

apoiada na hidreletricidade pelas

próximas décadas.

Gracioso

— Quais papéis seriam confia-

dos às energias hidráulica, térmica, so-

lar, renovável (bagaço de cana) e eólica?

E que papel seria desempenhado pela

Itaipu nesse novo contexto?

Samek

— Devemos realizar investi-

mentos em novas fontes renováveis.

Um país de clima predominantemen-

te tropical, com uma agropecuária

pujante, tem um enorme potencial a

ser aproveitado, tanto eólico e solar

quanto da biomassa. Nesse novo

contexto, Itaipu continuará servindo

como um bom exemplo de projeto de

grande escala que concilia excelência

na geração de energia com responsa-

bilidade socioambiental. Ao mesmo

tempo, continuaremos investindo

no desenvolvimento de novas fontes

renováveis, especialmente na área do

biogás. Mas esse é um tema apaixo-

nante para outra entrevista.

Opaís ficou literalmente às escuras e descobriu que

precisava de energia para voltar a crescer. A falta

de planejamento custoumuito caro e teve graves

consequências.Mas serviu para acordar o Brasil

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