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maio/junhode2014|

RevistadaESPM

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faria comque a usina não tivesse água

suficiente para a movimentação das

turbinas. Sustentabilidade tornou-se

uma palavra que não pode mais estar

fora do dicionário de qualquer profis-

sional de agronomia ou agricultor.

Arnaldo –

Quais foram as primeiras

iniciativas para agregar ciência e tecno-

logia na agricultura, nesse período?

Dechen –

Em 1957, a Fundação Ro-

ckefeller montou em Matão (SP) um

instituto de pesquisa dedicado ao

desenvolvimento de tecnologias de

plantio e manejo de solo no cerrado,

porque não se tinha nenhum conhe-

cimento de como fazer isso. Esse

foi um trabalho conduzido até 1967.

Depois disso, em 1973, foi fundada

a Embrapa [Empresa Brasileira de

Pesquisa Agropecuária], que deu

continuidade à pesquisa ao lado dos

institutos estaduais que estavam se

fortalecendo em todo o Brasil.

Arnaldo –

Fala-se muito da Embrapa,

até por sua projeção no exterior. Que

outras instituições o senhor destacaria

pela importância no desenvolvimento

da agricultura no Brasil?

Dechen –

A Embrapa, sem dúvida,

tem uma grande contribuição, mas

não podemos esquecer de outras

organizações, como o próprio Insti-

tuto Agronômico de Campinas, que

ainda hoje é responsável por 70%

das variedades de produtos que che-

gam à mesa das pessoas. É verdade

que o instituto perdeu parte de sua

competitividade, pela diminuição

do quadro técnico e do volume de in-

vestimentos, que está aquém da de-

manda do agronegócio hoje no Bra-

sil. Mas em 2013, quando completou

127 anos, o Instituto Agronômico

apresentou a sua milésima cultivar.

Isso não é pouca coisa. Nós temos

ainda instituições muito fortes no

Paraná e no Rio Grande do Sul, com

bons institutos em praticamente

todos os estados, cada um trazendo

suas contribuições específicas. Um

exemplo é a Epagri, em Santa Ca-

tarina, na área de frutíferos. Há 40

anos o Brasil não tinha maçãs e hoje

somos um grande produtor.

Arnaldo –

A história da pesquisa

agronômica no Brasil é relativamente

recente, então?

Dechen –

De fato, não. Em 1870, foi

fundado o Instituto Imperial Agro-

nômico na Bahia. Em 1877, surgiu

o de São Paulo, que seria o embrião

do atual Instituto Agronômico de

Campinas. Dom Pedro II fez isso já

pensando em como manter a susten-

tabilidade da produção agrícola no

Brasil. Em 1895, o adubo chegou ao

país, o que representou um indício

Hoje, o termo sustentabilidade tornou-se

uma palavra que não pode mais estar fora

do dicionário de qualquer profissional

de agronomia e da vida do agricultor

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