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maio/junhode2014|

RevistadaESPM

89

vertical dentro de uma universidade.

E creio que esse é o caminho: atrair a

comunidade acadêmica para iniciar

o processo. Um estudante poderá, no

futuro, obter graduaçãoemagricultura

fechada,montar seuplanodenegócios

e conseguir recursos em um banco

para criar sua própria fazenda vertical.

Arnaldo –

Os exemplos que o se-

nhor mencionou estão ocorrendo em

países desenvolvidos. Como adaptar

essa tecnologia para as necessidades

dos países em desenvolvimento como

a Índia, onde existe uma questão

muito séria de segurança alimentar?

Despommier –

Você tem razão. Até

agora esse modelo só surgiu em paí-

ses mais industrializados. Todas as

grandes ideias relacionadas à tecno-

logia surgemcomcustos elevados que

só os mais ricos podem conseguir:

TVs de plasma, telefones celulares,

carros, viagens de avião... A partir do

momento em que você convence uma

pessoa rica de que aquela ideia é boa,

haverá gente para prover esse pro-

duto ou serviço. E os outros também

vão querer ter acesso a isso, mas em

outro nível de custos. Hoje pode-se

comprar um carro com US$ 2 mil na

Índia. Todo mundo lá possui telefones

celulares e a maioria dos hotéis já tem

TVs de plasma, porque a tecnologia

ficou barata. Então o primeiro passo é

convencer os ricos de que as fazendas

verticais são uma boa ideia. E elas são!

Eu não creio que será muito diferente

dos outros exemplos. As fazendas

verticais vão surgir nos países mais

desenvolvidos, com maior nível de

educação, onde as pessoas já veem de

maneira favorável uma alimentação

de melhor qualidade, com produtos

frescos e que não agridam o meio-am-

biente. Com o sistema implantado,

todo mundo vai querer o mesmo e o

custo de produção começará a cair.

OprojetoPasonaO2 é uma fazenda vertical de nove andares, que ficano centro financeiro de Tóquio

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