Revista da ESPM
| setembro/outubrode 2014
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mercado
Se tivermos emmente a geração Z, tambémchamada
de
millenials
— ou seja, aqueles que nasceram perto da
viradadomilênioeestão inseridosnesseuniversodigital
desde o seu nascimento —, veremos que as predições do
IDC fazem todo o sentido. De maneira quase instintiva,
todos têmumGmail, guardamseusarquivosnoDropbox,
usamoWaze, passamhoras emredes sociais (Facebook,
Twitter, WhatsApp, SnapChat, Instagram, Pinterest, só
paracitar algumasdelas). Paraesses jovens, essa jáéa sua
realidade. Uma realidadenaqual avelocidadeea formade
fazer as coisas do cotidiano passam (ou acontecem inte-
gralmente) no universo digital. Essa nova realidade exi-
girá dos gestores novas habilidades e atitudes, algumas
que ainda nem foram formalmente descritas.
Parase teruma ideiadessenovouniversoedosdesafios
para algumas das áreas de gestão, Scott Brinker, mestre
emciências da computação por Harvard eMIT, apresen-
touem2011umpanoramadas soluçõesde tecnologiauti-
lizadas pelomarketing emempresas. Na versão daquele
ano, eram aproximadamente cem empresas presentes
nesse panorama. Já a versão atual, de 2014, apresenta
947 empresas, organizadas em 43 categorias, divididas
emseis grandes áreas.
Aimagemeosnúmeros impressionamenos fazpensar
noquantorealmenteestamospreparados, comogestores,
para enfrentar essa realidade. Não se pode esquecer da
velocidadedasmudanças, queéumacaracterísticadesse
setor. Provavelmente, no momento em que você estiver
lendo este artigo, muitas dessas empresas do Panorama
terão se fundido, sido compradas ou simplesmente não
mais existirão. Ao mesmo tempo, outras tantas terão
surgido, ganhadomercado e se tornado grandes
players
.
Esse é, sem dúvida, um caminho sem volta. Confir-
mando esse movimento, Laura McLellan, vice-presi-
dente de pesquisa do instituto Gartner, apresentou em
2012 um
webinar
(seminário on-line) no qual afirmava
que os gastos com tecnologia dos CMOs (
chief marketing
officer
) superariam os gastos com tecnologia dos CTOs
(
chief tecnology officer
) em 2017. Trocando emmiúdos: o
marketing gastarámais comtecnologia do que o próprio
departamentode tecnologiadas empresas. Diversos arti-
gos são encontrados divergindo quanto à data (alguns
afirmamque isso já está acontecendo), mas quase a tota-
lidade deles assume como fato a importância do uso de
tecnologiascomo ferramenta fundamental domarketing.
Esse novo cenário demanda umprofissional híbrido,
com conhecimentos profundos tanto em marketing
quanto em tecnologia, além de habilidade em gestão e
capaz de liderar diferentes áreas da empresa ao redor da
nova arena digital. É o chamado
chief marketing techno-
logist officer
(CMTO), objeto de diversos artigos nasmais
conceituadas revistas do planeta, entre elas a respeitada
Harvard Business Review
, que publicou uma reportagem
sobre o tema emagosto deste ano. Como ocorre sempre
que surge uma nova demanda profissional, os desafios
das empresas emencontrar umexecutivo comesse per-
fil são bastante árduos.
Encontrar, hoje, no Brasil um profissional de tec-
nologia tradicional, gabaritado, não é tarefa fácil. A
Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da
Informação e Comunicação (Brasscom), que reúne as
empresasmais relevantes e influentes do setor no país,
afirma emumde seus relatórios que, somente em2014,
78 mil vagas de emprego serão geradas no setor, das
quais 45 mil ficarão sem ser preenchidas por falta de
profissionais capacitados. Se pensarmos que o CMTO,
alémdesses conhecimentos emTI, precisa tambémdos
o futuro da inovação tecnológica
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Mercados
emergentes
Nuvem
Mobilidade
Social business
BigData/Analytics
LAN/Internet
Cliente/Servidor
Mainframe
Terminal
Fonte:
IDC(2013)