setembro/outubrode2014|
RevistadaESPM
89
marca assume o papel de provedor de acesso à internet
e se comunica como consumidor por meio da prestação
de um serviço. Esse tipo de ação estabelece umdiálogo
com o consumidor, mas vai muito além da comunica-
ção de marca!”, avalia Adriana.
Dos classificados aos bitcoins
Uma pesquisa divulgada em setembro pela Accenture
mostra que 92% dos executivos de grandes empresas em
19países estãosatisfeitos comos resultadosobtidos apar-
tir do uso do
big data
. O levantamento aponta ainda que
82%dos entrevistados avaliamo
big data
comosendouma
fonte significativadegeraçãodevalor paraas companhias
principalmente emtrês quesitos: identificar novas fontes
de receita (itemmencionadopor 94%dos executivos); reter
e conquistar clientes (90%); e desenvolver novos produtos
e serviços (89%). Quando questionados sobre como odata
base seráutilizadonos próximos cinco anos, as respostas
indicaramtrêscaminhos: relacionamentocomosclientes
(63%), desenvolvimentodeproduto (58%) eoperações (56%).
Já umestudo da IBMaponta que 18% dos CMOs (chief
marketing officer) estão preparados para lidar comessa
ascensão do
big data
e as rápidasmudanças tecnológicas
que apresentamumciclo de vida cada vezmenor. “Opro-
fissional demarketingnãoprecisaentenderdealgoritmos,
mas temodever desaber oqueelespodemfazer paraoseu
negócio”, ensina Romeo Busarello, diretor demarketing
e ambientes digitais da Tecnisa, uma das referências no
Brasil em termos de marketing digital. “Quando anun-
ciamos que a Tecnisa passaria a comercializar imóveis
pela internet, em 2001, muitos duvidaram de que daria
certo. Hoje, 43% do faturamento total da companhia são
resultados de vendas nos ambientes digitais.”
Busarello também foi o primeiro a vender um apar-
tamento pelo Twitter, a utilizar
drones
para o cliente
acompanhar as obras pela internet e a investir em um
aplicativo de game para estimular o público a responder
pesquisas pelo celular.
Em agosto, por exemplo, a Tecnisa utilizou esse apli-
cativo para colher a opinião das pessoas sobre o lança-
mento do condomínio Jardimdas Perdizes, no lugar da
tradicional pesquisa de opinião. Para desenvolver essa
ação de
mobile
marketing, a empresa gastou R$ 10 mil,
o que representa 5% do custo do levantamento conven-
cional. Com a promessa de receber R$ 30, cada partici-
pante cadastrado deveria visitar o estande, procurar um
corretor, pedir para visitar o apartamento mobiliado e
depois responder via celular a um questionário com 40
perguntas. “Tivemos a participação de 204 pessoas em
apenas quatro dias — o que representa o dobro de pes-
soas que costumamparticipar da pesquisa tradicional”,
afirma o diretor de marketing da Tecnisa, que diaria-
mente recebe em seu site 15 mil visitas, das quais 32%
são originadas de smartphones ou tablets. “Há quatro
anos percebemos que o mercado iria mudar do teclado
para o ‘dedão’ e lançamos um aplicativo, que em 2012
evoluiu para um site com arquitetura responsiva.”
O próximo passo foi a contratação de profissionais
para atuar como corretores on-line, respondendo às
dúvidas dos internautas todos os dias, até ameia-noite.
RomeoBusarello, diretor demarketing e ambientes
digitais da Tecnisa: ”Oprofissional demarketingnão
precisa entender de algoritmos, mas temo dever de
saber o que eles podemfazer para o seunegócio”
fotos
:
divulgação