R E V I S T A D A E S P M –
janeiro
/
fevereiro
de
2009
174
SUSTENTABILIDADE:
TODOS ESTÃO FALANDO
AMESMACOISA?
RicardoZagalloCamargo
pág. 30
Síntese das questões levantadas nas
conferências e painéis do IV Simpó-
sio Internacional de Administração e
Marketing realizado em outubro de
2009 com o tema Internacionalização
& Sustentabilidade. O texto aborda,
primeiramente, a relação entre a
sustentabilidade e desenvolvimento,
assimcomoanoçãodecidadaniapre-
sentes nas propostas sustentáveis. Na
sequência são levantados, a partir das
discussõesdosdiferentesmomentosdo
evento, aspectos que contribuem para
pensareatuarde forma sustentável, tais
como: apercepçãoda sustentabilidade
como vetor de inovação e geração de
valor nas empresas; a complexidade
da aplicação de práticas sustentáveis
ao longoda cadeiaprodutiva; os laços
entre sustentabilidade e processos de
certificaçãoque estabelecem as regras
naarena internacionaldenegócios; ea
importânciadeumaatitudeéticana for-
maçãode líderes globais responsáveis.
SUSTENTABILIDADE, OPRINCÍ-
PIODA LÓGICA ECOERÊNCIA
Marilena Lino
deAlmeida Lavorato
pág. 36
Apalavra
Sustentabilidade
ganhou tama-
nho espaço nos discursos corporativos,
que corre risco de desgaste e banaliza-
Sum
ário
EXECUTIVO
çãopor excessodeuso e exposição.Na
realidade, a palavra resgata o velho e
conhecidoprincípioda lógica e coerên-
ciaparaapreservaçãodavidaedobom
relacionamentodohomemcomomeio,
quer seja ele natural ou social. Só que
desta vez comumolharmais profundo,
reconhecendo a importânciados pilares
sociaiseambientais,alémdoeconômico.
A sustentabilidade em sua essência é o
desejodeconsumodahumanidade,não
restadúvida.Oque se renovaconstante-
mente é o entendimento e interpretação
do indivíduo e sociedade em relação ao
seu significado e a sua importância. O
princípioda lógicaecoerênciadodiscur-
sonapráticaé,portanto,vital.Empresase
gestores devem se lembrar distoquando
oassunto for sustentabilidade.
DURÁVELDESEJÁVEL: COMO
TRANSFORMAROMARKETING
NA ERADA SUSTENTABILIDADE
ValériaCafé
pág. 42
Oconsumidor evoluiu.Agora, alémde
questionar as atividades e práticas das
empresas, ele sabe da importância de
consumir menos emelhor. Veja como
as empresas estão inovandona Europa
para atender a este exigente consumi-
dor, desde rever todo o ciclo de vida
de um produto, até a possibilidade de
transformá-loemum serviço inovador.
Saiba também o que as ONGs estão
falando sobreas empresas que têmum
discurso diferente da prática e como
isso influiu na nova regulamentação
da comunicação do desenvolvimento
sustentável na França. Confira ainda
como as empresas podem repensar o
marketing, oferecendo ao seu consu-
midor uma experiência enãomais um
produto e, dessa forma, fazer comque
esse consumidor divulgue essa experi-
ência para outros consumidores − “de
bouche à oreille”.
OMEIOAMBIENTE
CHEGOUAOMERCADO
AmyraEl Khalili
pág. 54
Quando lidamos commeioambiente
nãopodemos tratar dessedireito fun-
damental como se fosse um produto
negociado com base em contratos e
regras determinados a portas fecha-
das. Pelo contrário, tais negociações
devem acontecer com o coletivo da
sociedade. Sea sociedadenãoaderir,
não há projeto socioambiental que
possa ser concretizado.
Analisar o desenho mercadológico e
criticar acordos internacionais em sua
estrutura operacional, o da execução
financeira, não significa condenar as
lutas dosmovimentos ambientalistas e
dos direitos humanos ao fracasso,mas
apontar suas possíveis falhas. Poucos
são os que podem criticar esse meca-
nismoporque,emgeral,quemconhece
engenharia de projetos não conhece o
mercadofinanceiro, equemconheceo
mercadofinanceiro, sequer sabeainda
o que é gestão ambiental.
GUERRAS E
MUDANÇASCLIMÁTICAS
Heni Ozi Cukier
pág. 60
Asconsequênciasdasmudançasclimáti-
casafetarãooplanetademuitasmaneiras.
Porém,poucaatençãovemsendodadaàs
consequênciasde segundoplano, ouou
seja, consequências das consequências
emproblemasouagravantes jáexistentes.