R E V I S T A D A E S P M –
janeiro
/
fevereiro
de
2009
176
Sum
ário
EXECUTIVO
nos fluxos de produção e consumo,
e nos modelos de uso e proteção dos
recursos naturais. O presente artigo,
diante do evidente descompasso
existente entre os modelos de consu-
mo e os fluxos e processos naturais,
propõe-se a analisar brevemente a
temática do consumo sustentável,
enquanto objetivo a ser alcançado e
reflexo de modelo econômico ado-
tado, e instrumento para alcançar o
desenvolvimento sustentável. Diante
disso, tendo como fundamento a po-
litizaçãoepublicidadedas relaçõesde
consumo, esse trabalhoconsideraque
as políticas públicas são instrumentos
fundamentais para a promoção e
consolidaçãodoconsumo sustentável,
e, nesse contexto, avalia algumas ini-
ciativas governamentais existentes de
forma assistemática e dispersa.
DOMUNDODODESIGN
AODESIGNDOMUNDO
Rosa Alegria
pág. 114
Normalmente concebemos o design
nouniversodosartefatos. Noentanto,
o poder do design para transformar e
impactar cada aspecto da vida diária,
que senteaconvocaçãodenovos esti-
losde ser, estar, fazer econsumir, está
adquirindo consciência pública. Já
nãomais apenas associadoaomundo
do tangível, com a crescente desma-
terialização da economia e demanda
por soluções rápidas e práticas para
o resgate do bem-viver, o design tem
sido cada vez mais entendido num
sentidomuitomais amplo, como, por
exemplo, a capacidade humana de
planejar eproduziros resultadosdese-
jados. Várias iniciativas nessadireção
têm sido focodeatençãonão somente
entre os criativos, mas também entre
as criaturas que usufruem dos benefí-
cios de um bom design, e que, nesse
momento de inflexão planetária, nos
remete aodesigndeumnovomundo,
privilegiandooprocesso,mais doque
o artefato. Esse artigo dá destaque ao
Movimento Massive Change, criado
pelocanadenseBruceMau,queexplo-
ra o paradigma damudança de even-
tos, ideias e pessoas, investigando as
capacidadesedilemaséticosdodesign
na fabricação, transporte, urbanismo,
guerra, saúde, vida, energia,mercados,
materiais, na imagemena informação.
INOVAÇÃO PARAA
SUSTENTABILIDADE:
PERCURSOS E CENÁRIOSDE
UMA SOCIEDADE POSSÍVEL
LeonardoCastillo
pág. 122
Somos quase 6,8 bilhões de pessoas à
procurada satisfaçãodasmaisdiversas
necessidades e desejos. Nessa busca,
consumimos uma enorme quantida-
de de bens materiais e causamos um
grande impacto socioambiental com
repercussões imprevisíveis para o
planeta e a nossa própria subsistência.
Por tanto, a transição para uma socie-
dade sustentável tornou-se imperativa.
Trata-se de uma mudança radical dos
nossos hábitos e comportamentos por
meio de um processo de aprendizado
coletivoqueé,pornatureza, complexo
e imprevisível.Pesquisadoresdaáreade
designapontamquatroníveisevolutivos
emdireçãoaumasociedadesustentável.
Essesníveisdefinemparâmetrosecritérios
de ação que nos permitiriam encarar,
de forma eficaz, os desafios desse novo
paradigmada sustentabilidade.
CERTIFICAÇÕES E
DENOMINAÇÕESDE
ORIGEM: QUALIFICAÇÃO
E COMPROMISSOCOMA
SUSTENTABILIDADE
Geni Satiko Sato
pág. 128
Com a globalização dos mercados, a
produção e o consumo mudaram de
padrão, de tal forma, que não sabemos
quem são os atores que participam do
processoprodutivoeseesteocorreucom
compromissos de sustentabilidade. O
texto fazuma reflexão sobreopapel das
certificações edenominações deorigem
nestecontexto.
CONCEITOSDE
SUSTENTABILIDADE
RonaldoDavid Alves
pág. 132
O conceito de desenvolvimento sus-
tentável, que tomou forma ao final
dos anos 1980, após décadas de
degradação socioambiental sempre-
cedentes, e foi consagrado em 1992,
na Rio-92, continua até hoje mal
compreendido. Sustentabilidade sig-
nifica sobrevivência, entendidacomo
a perenidade dos empreendimentos
humanos e do planeta. Por isso, o
desenvolvimento sustentável implica
planejar eexecutar ações – sejamelas
de governos ou de empresas, sejam
elas locais, nacionais ou globais –
levando em conta, simultaneamente,
as dimensões econômica, ambiental
e social. Mercado + sociedade +
recursos ambientais: esta é a chave
para a boa governança.
