Revista daESPM – Setembro/Outubro de 2002
64
O livro“APropagandanoBrasil atra-
vésdoCartão-Postal:1900-1950”permite
avisualização, atravésde suas1.908 ima-
gens, dasvárias técnicasusadaspelomer-
cado publicitário brasileiro nos primeiros
cinqüentaanosdo séculopassado.
OBrasilde
fraldasnasasas
docartão-postal
Um livro retrata o País que nascia
com a República, através dos anúncios
impressos nonovo e revolucionário for-
matoque, em1900, já apaixonava cole-
cionadores domundo inteiro
RuyCastro
Dapróximavezquemandar um car-
tão-postal para alguém, saiba que você
pode estar contribuindo para aHistória.
Talvez istosejamenosverdadehoje,por-
que há outras maneiras, mais rápidas e
eficientes (não tãoprazerosas), de seen-
viar mensagens. Mas já foi a verdade
absoluta, num passado nem tão remoto.
Desde suacriação, porvoltade1860, na
Áustria, os cartões-postais foram, por
muitas décadas, um veículo capaz de
transportar informaçãoebelezapelopre-
ço de um selo (na verdade, metade do
preço de uma carta comum) e com uma
velocidade só superada pela do telegra-
ma.Como todosospaísesosadotarame
logocomeçaramum intenso troca-troca,
eles foram também uma das primeiras
amostras do que seria um mundo
"globalizado" – estamos falandode fins
do século 19, não se esqueça. E não de-
moroumuitoparaquedeixassemdevei-
cular apenasmensagens pessoais e pas-
sassem ausar a frentedo cartãopara es-
tampar vistas de cidades e países e, em
seguida, produtos e toda espécie de pu-
blicidade.Começouali,quase juntocom
a sua criação, a linda trajetória dos car-
tões-postais comoo correioda arte –no
caso, a arte gráfica.
