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transportar a produção agropecuária do centro do país

até os portos demaneira rápida e barata. Aliás, a rapidez

no transporte é mais uma arma de competitividade.

Enquanto nossos trens de carga andam entre 10 km e

20 km por hora, nos Estados Unidos eles viajam a 80

km por hora ou mais. Segundo reportagem publicada

na revista

Veja

, de 8 de agosto de 2007, o governante

brasileiro que mais construiu ferrovias foi dom Pedro

II, que fez nove mil quilômetros de trilhos. Na década

de 1950, o país chegou a ter 38 mil quilômetros de

ferrovias. Por opção, no governo de Juscelino Kubits-

chek, se deu mais ênfase ao transporte rodoviário, e

nossas ferrovias foram sendo sucateadas, não tendo

atualmente mais que 29 mil quilômetros de trilhos.

Hoje, tal estratégia mostra-se inadequada, com rodo-

vias em péssimas condições e capacidade estourada.

As exceções são as rodovias “privatizadas”. Nas mãos

de empresários, a arrecadação de pedágios tem sido

aplicada corretamente e mostra que é possível ter um

transporte de qualidade.

Na Alemanha se discute a possibilidade de parceria

público-privada para exploração de rodovias, hoje

totalmente públicas e de alta qualidade, o que prova que

eficiência administrativa e financeira não é questão de

quem a faz, mas de como se faz.

As ferrovias também tomaram algum impulso com

a privatização. O governo da presidente Dilma Rousseff

pretendepassarparaocontroleda iniciativaprivadamais

de setemil quilômetros de rodovias federais (hoje, já são

quase cinco mil quilômetros) e dez mil quilômetros de

ferrovias com prazo de concessão de 30 anos. O Estado

Enquanto os chineses têmoitomil km

de ferrovias com trens de alta velocidade,

o trementre Campinas, São Paulo e

Rio de Janeiro não sai do papel há anos

latinstock

NoBrasil, faltamferroviaspara

transportar aproduçãoagropecuária

docentrodopaísatéosportos,

demaneira rápidaebarata

Comércio exterior

Revista da ESPM

|março/abril de 2014

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