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em todos os níveis de governo, está fortemente com-

prometida com despesas de custeio.

Há, porém, ações que não dependem exclusiva-

mente de grandes recursos, como o lançamento do

Pedido de Embarque Eletrônico (PEM-e), que deve

diminuir o tempo de espera das filas de caminhões e

navios nos principais portos do Brasil. Hoje, os cami-

nhões em Santos esperam 36 horas pela liberação da

Receita Federal para embarcar cargas de exportação.

A expectativa é de que esse tempo caia para três horas.

Outro ponto importante de análise é que há muitos

participantes governamentais, com interesses diversos,

o que complica a correta coordenação e planos de ação

adequados em logística. Tem-se: Câmara de Comércio

Exterior (Camex), oMinistério das Relações Exteriores

(MRE), oMinistério do Planejamento, Orçamento eGes-

tão (MP), o Ministério dos Transportes (MT), a Secreta-

ria de Portos (SEP), a Agência Nacional de Transportes

Terrestres (ANTT), a Agência Nacional de Transportes

Aquaviários (Antaq), a Agência Nacional de Aviação

Civil (Anac) e a Infraero, a Secretaria de Logística e Tec-

nologia da Informação, a Receita Federal, entre outros.

Assim é fácil entender que não é só a falta de recur-

sos financeiros para investimento, mas também da

dificuldade de se traçar um plano estratégico de logís-

tica, cuja falta causa esse atraso do Brasil na competi-

tividade internacional.

Hermann Gonçalves Marx

Doutor pela USP, engenheiro pela Universidade Técnica de Aachen

(Alemanha), engenheiro pelo ITA, mestre pela Universidade Federal

do Rio de Janeiro, professor no MBA e na graduação em relações

internacionais da ESPM e diretor-técnico da Prosperity Consulting

Uma boa logística se preocupa,

alémdamovimentação de bens e

pessoas, tambémcoma estocagem,

principalmente, no agronegócio

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março/abrilde2014|

RevistadaESPM

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