Background Image
Table of Contents Table of Contents
Previous Page  46 / 184 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 46 / 184 Next Page
Page Background

Hoje, o tema figura entre os grandes objetivos a serem

alcançados pormuitos hospitaisnoBrasil, cujos gestores

já entenderamque a saúde do sistema passa, necessaria-

mente, pelo controle das operações, pela eficiência das

práticas e, consequentemente, pela redução dos custos.

Nesse segmento, as demandas por novas tecnologias

emedicamentos de última geração, principalmente nas

áreas cardiovascular, ortopedia, neurologia e oncologia,

elevamà enésima potência a velocidade de atualização

de profissionais e equipamentos de diagnóstico. Esse

upgrade

dinâmico tem ampliado consideravelmente

o custo das empresas na área da saúde. Ao analisar o

desempenho da economia brasileira nos últimos 20

anos, é possível notar que a inflação na área da saúde

sempre esteve acima da inflação registrada nos demais

setores da economia.

Essa dinâmica da inflação na saúde ocorre nomundo

inteiro, mas no Brasil a questão foi potencializada e

distorcida por conta das várias mazelas econômicas

enfrentadas pelo país. Tudo começou como plano Cru-

zado, que foi lançado em 1986, pelo então presidente

José Sarney. Ao promover o congelamento dos preços, o

governo feza rentabilidadedas empresas chegar próximo

de zero. Tal situaçãomudou, completamente, a forma de

relacionamento entre fornecedores e compradores em

todos os segmentos da economia. No setor de saúde, a

principal alteração foinamaneiraderemunerarhospitais,

As filas formadas nos hospitais das

redes públicas e privadas dão o

diagnóstico exato do problema: o

sistema está sobrecarregado

Levantamento recente do Conselho Federal deMedicina

(CFM) aponta que os investimentos feitos pelo governo

na área de saúde permanecem inalterados há 12 anos.

A cifra é de aproximadamenteR$ 4 bilhões por ano

shutterstock

Logística hospitalar

Revista da ESPM

|março/abril de 2014

46