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Licco, publicado na I

nterfacEHS — Revista de Gestão Inte-

grada em Saúde do Trabalho e Meio Ambiente

, em 2006.

O Sistema Campo Limpo forma uma rede com-

posta por 414 unidades de recebimento — sendo 302

postos e 112 centrais, distribuídos por 25 estados e o

Distrito Federal.

O funcionamento de todo o sistema custa em torno

de R$ 60milhões por ano, sendo 85% desse valor custe-

ado pelos fabricantes de defensivos e outros 15% absor-

vidos por distribuidores e revendedores dos produtos.

Antes dele havia pouco controle sobre o descarte das

embalagens vazias de defensivos, à exceção de alguns

programas pontuais, estaduais e municipais.

OParaná, por exemplo, já possuía umsistema próprio

de recolhimento, em ação conjunta entre cooperativas

e órgãos públicos. Porém a prática mais frequente era

enterrar as embalagens, queimá-las ou reutilizá-las na

propriedade, em diferentes finalidades.

As embalagens vazias de defensivos, quando abando-

nadas no ambiente ou descartadas em aterros e lixões,

constituem potenciais fontes de contaminação. Se

estiverem com resto de produto, aumentam seu poten-

cial de contaminação, uma vez que os resíduos químicos

nelas contidos, sob a ação da chuva, podemmigrar para

o solo e para as águas superficiais ou subterrâneas. Tal

impacto é descrito no artigo acima mencionado, publi-

cado na

InterfacEHS

.

Efeito multiplicador

Por mais de 20 anos, o agricultor Éder Gadioli, 51 anos,

pensou que estava descartando corretamente as emba-

lagens dos defensivos que usava em suas lavouras de

feijão, arroz e milho, no município de Roseira, a 160

quilômetros de São Paulo.

Antes de conhecer o Sistema Campo Limpo, ele

queimava os recipientes, reutilizava para transpor-

tar água, ou descartava de forma indiscriminada.

“Eram coisas absurdas. Não tínhamos informação.

Eu não sabia o que estava fazendo”, explica o agricul-

tor. Há dez anos, ele mudou o jeito de fazer o descarte

e, desde então, lava as embalagens três vezes, estoca

de maneira adequada e depois encaminha para as

divulgação

Emdezembro de 2011, uma campanha institucional foi veiculada para comemorar os dez anos do inpEV

e apresentar as conquistas do programa de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas

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Revista da ESPM

|março/abril de 2014

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