unidades de recebimento, conforme preveemas regras
da logística reversa.
Como se vê, além de proteger o ambiente rural,
o Sistema Campo Limpo difunde conhecimentos,
cultivando exemplos sustentáveis no presente e
semeando a sustentabilidade do futuro. “Hoje”, diz
Gadioli, “tenho até menos trabalho com os recipien-
tes. Antes, tinha de queimar tudo, poluía, produzia
muita fumaça. Agora, temos informação, e não é só
porque a lei manda; é fazer a nossa parte mesmo!”
Um exemplo como esse mostra que os agriculto-
res brasileiros realmente captaram a mensagem de
que as embalagens representam grande risco para
o meio ambiente e para os seres vivos. Para isso, a
criação de grandes campanhas publicitárias foi uma
contribuição estratégica na evolução do programa,
não só pela conscientização dos produtores, mas
também de outros agentes do sistema.
Ao longo de uma década, foram realizadas várias
campanhas sobre o tema, algumas com mais de três
mil inserções em TV — muitas vezes com veiculações
gratuitas, graças ao apoio que a causa obteve na mídia.
Fora das mídias, o esforço difusor também foi enorme,
com ações educacionais em escolas e oficinas com
produtores e líderes locais. Há dois anos, por exemplo,
R$ 2,9 milhões foram investidos, pelo inpEV, em
ações de educação e conscientização.
Em 2010, por meio da Lei 12.305, o governo lançou
a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que impõe às
cadeias produtivas da economia a responsabilidade
Espantalhoutilizado pelo
inpEVna comunicação de
suas ações e campanhas
divulgação
Os cincomaiores consumidores de embalagens domundo gastaramUS$ 361bilhões
no acondicionamentodos produtos em2011. Para 2016, as projeções indicamum
valor deUS$ 439,6bilhões. NoBrasil, esses gastos atingiramUS$ 25bilhões em2011
no composto geral de embalagens, comumaprojeçãodeUS$ 30,8bilhões para 2016
março/abrilde2014|
RevistadaESPM
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