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sua condução aos depósitos de sucata, a separação

feita por cooperativas de catadores, assim como a

ação direta da indústria, que atua de diversas formas

obtendo matéria-prima nas próprias indústrias usu-

árias, recuperando, nas linhas de produção e envase,

materiais descartados como aparas, rebarbas, sobras

de processo e todo tipo de embalagem que não foi

aproveitada. Essa operação constitui uma atividade

complexa e multifacetada, executada por centenas de

milhares de agentes que atuam numa rede de grande

capilaridade, estabelecendo as mais diversas formas

de relacionamento.

Emconversas comprofissionais e entidades do setor

para a elaboração deste artigo, surgiu uma reflexão

importante que precisamos ter emmente quando tra-

tamos desse tema: “A reciclagemde embalagem é uma

atividade industrial baseada na logística reversa”. Para

reciclar embalagens, é preciso que haja uma indústria

onde elas possamser entregues para ser reprocessadas

e umsistema de coleta capaz de recolhê-las. Essa é uma

atividade que beneficia o meio ambiente, mas que não

é empreendida só por causa dele, e sim porque todos

os elos da cadeia envolvida na reciclagem têm ganhos

expressivos que justificam sua inserção no processo.

Concluímos que muitas das nações desenvolvidas

apresentam índices de reciclagem inferiores aos brasi-

leiros, porque não é apenas a posição ocupada pelo país

na economia mundial nemo nível educacional de seus

habitantes que determinam os índices de reciclagem

alcançados por estes países.

Para atingir altos índices de reciclagem, é preciso que

a cadeia logística esteja montada, integrada em seus

objetivos e receba os incentivos econômicos e sociais

necessários para o engajamento de todos os seus elos

e agentes participantes. No Brasil, apesar dos pesares,

isso vem sendo alcançado com sucesso, graças à inte-

gração da cadeia, mas também devido à criatividade,

à capacidade de improvisação e à necessidade que por

aqui temos de sobra!

Fabio Mestriner

Coordenador do núcleo de estudos da embalagem ESPM

e do comitê de estudos estratégicos da ABRE. Autor dos livros:

Design de embalagem curso avançado

e

Gestão estratégica de embalagem

Mesmo comtodas as dificuldades, 65,3% das embalagens produzidas noBrasil voltampara as fábricas para ser recicladas

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março/abrilde2014|

RevistadaESPM

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