Logísticareversa:
acredite, énoBrasil!
Sucesso nomeio rural e reconhecido no exterior, o SistemaCampo Limpo de
logística reversamudou o paradigma da destinação de embalagens vazias,
no agronegócio. Hoje, a iniciativa é uma reserva brasileira de conhecimento e
pode até contribuir para a gestão de resíduos sólidos urbanos, que agora é lei
Por CoriolanoXavier
C
om sua concentração urbana crescente,
consumo intensivo e sacralização da con-
veniência, a sociedade pós-moderna trouxe
para o topo da pauta de nossas ecopreo-
cupações o desafio de manejar — de modo sustentá-
vel e urgente — um descarte gigante de embalagens.
Os cinco maiores consumidores de embalagens do
mundo — Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e
França — gastaram US$ 361 bilhões no acondiciona-
mento dos produtos em 2011. Para 2016, as projeções
indicam um valor de US$ 439,6 bilhões. No Brasil,
esses gastos atingiram US$ 25 bilhões em 2011 no
composto geral de embalagens, com uma projeção
de US$ 30,8 bilhões para 2016, segundo a pesquisa
Datamark/Brasil, Food Trends 2020, promovida pelo
Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital).
Em volume físico, os números também são elo-
quentes: segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico, em 2008, o país produziu 58,5 mil toneladas/
dia de resíduos sólidos urbanos recicláveis, sendo
Benchmark